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Inflação dos alimentos sobe 1,1% em janeiro e pesa no bolso dos brasileiros

A inflação dos alimentos continua alta: cesta de produtos essenciais subiu 1,1% em janeiro, aponta Abras. Saiba o que impulsiona os aumentos e as medidas do governo.
Inflação dos alimentos

A inflação dos alimentos continua subindo e impactando diretamente o orçamento das famílias brasileiras. Em janeiro de 2025, os preços nos supermercados registraram um aumento médio de 1,1% , de acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) .

A pesquisa analisou uma cesta composta por 35 produtos essenciais , dos quais 70% são itens alimentares como arroz, feijão, café, leite e carne. O preço médio dessa cesta saltou de R$ 794,56 em dezembro de 2024 para R$ 803,37 em janeiro de 2025 .

O aumento ocorre em um momento de preocupação com a inflação dos alimentos , que segue pressionando o poder de compra da população e colocando desafios para o governo.


Por que a inflação dos alimentos está subindo?

A inflação dos alimentos é resultado de diversos fatores que afetam tanto a produção quanto a comercialização dos produtos. Entre as principais causas do aumento de preços em janeiro, destaque-se:

Alta do dólar – A valorização da moeda americana encarece a importação de insumos agrícolas e produtos alimentícios, afetando diretamente os preços no varejo.

Questões climáticas – Chuvas intensas, secas e outras características climáticas impactam a produção agrícola, diminuindo a oferta de alimentos e elevando os preços.

Reajustes de fornecedores – No final de 2024, indústrias de alimentos já sinalizaram aumentos em suas tabelas de preços, que foram repassados ​​ao consumidor neste ano.

De acordo com Marcio Milan , vice-presidente da Abras, o impacto da inflação dos alimentos pode ser ainda maior nos próximos meses.

“Esse número que trouxemos hoje aponta ainda para um crescimento de preços nos próximos meses” , afirmou o executivo.

A pressão inflacionária sobre os supermercados preocupa tanto os consumidores quanto o governo, que já discute medidas para conter a escalada de preços.

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Alimentos básicos também registram alta

Além da cesta geral comprovada pela Abras, uma cesta reduzida composta apenas por 12 alimentos básicos também registrou aumento de preços. Entre os itens considerados estão arroz, feijão, açúcar, leite, carne de segunda e margarina.

O custo dessa cesta subiu 0,71% , passando de R$ 325,43 em dezembro para R$ 327,70 em janeiro .

Isso reforça a inflação dos alimentos e impacta diretamente o poder de compra das famílias brasileiras, especialmente como de menor renda, que destina uma parte significativa do orçamento à alimentação.

Inflação na cesta

Tabela – Aumento dos Preços dos Alimentos em 2025

Produto Aumento (%)
Café 39,60%
Óleo de soja 29,22%
Carne de 2ª 25,25%
Carne de 1ª 20,05%
Pernil 20,05%
Leite longa-vida 18,83%
Custo geral da cesta 9,96%
Frango congelado 8,26%

Essa tabela mostra o impacto da inflação dos alimentos nos supermercados, refletindo a alta expressiva em produtos essenciais do dia a dia.


Governo negocia medidas para conter a inflação dos alimentos

Diante da pressão sobre os preços, o governo Lula e representantes do setor supermercadista iniciaram negociações para conter a inflação dos alimentos . Uma das principais propostas em discussão é a redução das taxas do voucher alimentação , medida que poderia reduzir os custos para os supermercados e, consequentemente, para os consumidores.

“O debate está bem estruturado, mas não será de hoje para amanhã a decisão” , afirmou Milan, diminuindo que a implementação de qualquer medida ainda avançará algum tempo.

Entre outras ações possíveis, o governo estudantil:

Redução de tributos sobre alimentos essenciais – Como forma de baratear os preços para os consumidores.
Subsídios para produtores agrícolas – Para reduzir os custos de produção e estimular a oferta.
Acordos com supermercados – Para evitar aumentos abusivos e garantir preços mais acessíveis.

Apesar das negociações, os especialistas alertam que a inflação dos alimentos pode continuar enviando os preços ao longo do primeiro semestre de 2025.

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Consumo cresce, mesmo com inflação alta

Apesar do aumento dos preços, o consumo nos supermercados cresceu 3,72% em 2024 , superando a projeção inicial do setor, que era de 2,50%.

Segundo a Abras, esse crescimento pode ser atribuído a fatores como:

Aumento do emprego e da renda – Com mais pessoas empregadas, há mais dinheiro circulando na economia.
Ajustes no consumo – Os consumidores trocaram marcas e se adaptaram para continuar comprando.
Programas sociais do governo – O reajuste do salário mínimo, o Bolsa Família e o Auxílio-Gás ajudaram a manter o consumo.

Para 2025, a expectativa é de que o consumo continue crescendo, mas em um ritmo menor, estimado em 2,70% .

A inflação dos alimentos , a alta do dólar, o aumento dos combustíveis e os juros elevados devem ser os principais desafios para o setor ao longo do ano.

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Inflação dos alimentos

A inflação dos alimentos segue como um dos principais desafios econômicos para 2025. Com um aumento de 1,1% nos preços dos supermercados em janeiro e a pressão de fatores como dólar alto e mudanças climáticas, os consumidores enfrentam dificuldades para manter o orçamento equilibrado.

O governo já estuda medidas para conter essa alta, mas a tendência é que os preços continuem subindo nos próximos meses. Para as famílias brasileiras, o desafio será buscar alternativas para manter o consumo sem comprometer demais as finanças.

Enquanto isso, especialistas alertam que a inflação dos alimentos deve seguir no radar dos economistas e do governo, sendo um dos temas mais relevantes da economia brasileira neste ano.

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