A inflação da zona do euro voltou a subir em dezembro, registrando uma taxa de 2,4%, acima dos 2,2% observados em novembro. O aumento foi impulsionado principalmente pelos custos mais altos de energia e serviços, conforme relatório divulgado pela Eurostat nesta terça-feira (7).
A nova alta reforça preocupações sobre a recuperação econômica e pressiona o Banco Central Europeu (BCE) a agir com cautela, mesmo com os recentes cortes nas taxas de juros. Apesar da alta ser considerada pontual por analistas, ela reforça a atenção sobre a resiliência da inflação em setores essenciais.
Inflação da zona do euro: o peso dos serviços e a expectativa para 2025
O índice de inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, permaneceu em 2,7%, enquanto o componente de serviços subiu de 3,9% para 4%. Esse aumento preocupa o BCE, já que serviços são um dos maiores componentes na cesta de preços ao consumidor.
O cenário sugere que, embora a inflação geral deva seguir uma trajetória de queda ao longo do ano, o ritmo pode ser mais lento do que o previsto. A expectativa é que a meta de 2% do BCE seja atingida apenas no segundo semestre de 2025.
Para especialistas, a manutenção dos preços em setores como habitação, transporte e serviços de saúde pode dificultar uma recuperação plena da zona do euro no curto prazo.
Impacto nas políticas do Banco Central Europeu
O Banco Central Europeu realizou quatro cortes de juros ao longo do ano passado e sinalizou que pretende continuar com a política de flexibilização monetária. Contudo, o novo aumento dos preços em dezembro alimenta o debate sobre o ritmo e a intensidade desses ajustes.
Mesmo com uma inflação ainda acima da meta, o BCE acredita que os cortes graduais contribuirão para uma estabilização econômica sem prejudicar o consumo. Ainda assim, a inflação da zona do euro deve permanecer volátil nos próximos meses, especialmente diante das incertezas geopolíticas e do impacto contínuo dos preços de energia.
Preços de energia como vilão da inflação
Os custos de energia voltaram a subir em dezembro, impulsionados pela recuperação da demanda global e pela instabilidade nos mercados internacionais. O aumento reflete diretamente na conta das famílias e na produção industrial, elevando custos em cadeia.
Analistas apontam que medidas de curto prazo podem ser necessárias para amortecer o impacto dos preços de energia, como políticas de subsídios temporários e ampliação de estoques estratégicos.
Perspectivas para a zona do euro em 2025
Apesar do cenário desafiador, o mercado financeiro aposta que a inflação da zona do euro se estabilizará gradualmente ao longo de 2025, impulsionada pela queda esperada nos preços de commodities e uma recuperação mais robusta da oferta de serviços.
O BCE também planeja manter reuniões trimestrais para revisar as metas de inflação e avaliar os impactos das políticas de estímulo, buscando manter a confiança dos investidores e consumidores.
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