O Ibovespa surpreendeu ao reverter o pessimismo e subir 0,59%, impulsionado por altas do minério de ferro e da Vale (VALE3), mesmo com a tensão crescente entre Brasil e EUA sobre tarifas comerciais. O cenário traz impactos diversos para investidores e o mercado acionário nacional.
Ibovespa sobe impulsionado por alta do minério, Vale e siderúrgicas; tensão tarifária entre Brasil e EUA impacta mercados locais e globais.
O Ibovespa fechou em alta de 0,59%, chegando a 134.166,72 pontos, graças ao bom desempenho das ações do setor de mineração e siderurgia. A Vale (VALE3) teve valorização de 2,73%, negociada a R$ 56,05. Essa alta foi impulsionada pela valorização do minério de ferro, que subiu mais de 2%, motivada pelo anúncio da construção da maior usina hidrelétrica do mundo na China. Essa notícia animou o mercado, principalmente as siderúrgicas locais, que também tiveram um desempenho positivo.
A China foi um fator decisivo para este movimento, ao manter suas taxas de empréstimo estáveis e sinalizar estímulos para sua economia. Isso trouxe confiança para os contratos de aço e favoreceu empresas como CSN Mineração (CMIN3), que subiu 4,76%, Usiminas (USIM5), com alta de 2,30%, e Gerdau (GGBR4), valorizada em 3,17%. A metalúrgica Gerdau (GOAU4) registrou aumento de 3,44%, e a CSN (CSNA3) cresceu 2,17%.
No entanto, a tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos ainda pesa no ambiente de negócios. Os EUA anunciaram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o que tem gerado apreensão. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o governo estuda medidas para apoiar os setores afetados e que as negociações comerciais continuam, com possibilidade da tarifa aumentar para 100% caso não haja acordo até 1º de agosto.
Além disso, ações de outros setores tiveram desempenho negativo, como as do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que caíram 7,73%, após proposta de mudança estatutária. CVC (CVCB3) e Magazine Luiza (MGLU3) também recuaram, com 3,35% e 3,55%, respectivamente.
No mercado internacional, os principais índices dos Estados Unidos, como o S&P 500 e o Nasdaq, bateram recordes, puxados por expectativas positivas nos acordos comerciais e balanços de grandes empresas de tecnologia, o que cria um ambiente de otimismo global que impacta o Ibovespa.