O Ibovespa alta e tarifas EUA marcaram o pregão desta terça-feira (5), com o índice terminando em leve alta de 0,14%, impulsionado por movimentações frente à expectativa da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de quarta-feira e detalhes da ata do Copom, que manteve a Selic em 15% ao ano.
Ibovespa e mercado doméstico em dia de incertezas com tarifa dos EUA e ata do Copom
O Ibovespa fechou em alta de 0,14%, aos 133.151,30 pontos, numa sessão marcada por incertezas no mercado. A principal surpresa veio da ata do Copom, que manteve a Selic em 15% ao ano, mas expressou preocupação com as tarifas impostas pelos EUA ao Brasil. Essas tarifas incluem um aumento para 50% sobre alguns produtos brasileiros, iniciando na quarta-feira (6). Essa medida impacta setores importantes e gera expectativa sobre as ações de defesa das empresas afetadas.
Desempenho das Ações
Entre os destaques positivos, Brava Energia (BRAV3) subiu mais de 5%, impulsionada pelo relatório operacional que revelou um recorde histórico de produção. Por outro lado, a CSN (CSNA3) e a Klabin (KLBN11) lideraram as quedas. Klabin teve um lucro líquido maior, mas o Ebitda ficou 5% abaixo do esperado pelo Itaú BBA, chegando a R$ 2,04 bilhões no 2T25. BRF (BRFS3) também caiu mais de 1%, após aprovação da incorporação de ações pela Marfrig (MRFG3), aguardando aval do Cade.
Contexto Econômico e Internacional
O dólar encerrou praticamente estável em R$ 5,5060. No exterior, Wall Street recuou por receios de uma desaceleração econômica nos EUA. O PMI de serviços caiu para 50,1 em julho, indicando estagnação do setor, abaixo do esperado. Isso alimenta as apostas de cortes nos juros americanos já em setembro. A política comercial dos EUA, liderada por Donald Trump, segue incerta, com ameaças de aumento tarifário em outros produtos, como semicondutores. No mercado asiático e europeu, as bolsas fecharam mistas, com destaque para a BP, que anunciou lucro acima do esperado e recompra de ações.