Em uma entrevista concedida à Globonews, o Ministro Haddad confirmou que o governo está comprometido com a meta fiscal zero para o ano de 2025, juntamente com um salário mínimo fixado em R$ 1.502,00. O ministro destacou que ainda há o ano de 2026 para buscar um superávit primário durante o atual mandato.
Haddad ressaltou a necessidade de enfrentar o déficit estrutural nas contas primárias, que remonta desde 2015, afirmando que o esforço do governo está em reverter esse quadro fiscal. Ele também mencionou a importância de retomar o patamar de arrecadação em relação ao PIB para 18,5%.
Uma decisão do STF sobre a contribuição previdenciária dos municípios foi fundamental para manter a meta fiscal de 2024 para 2025, evitando um possível déficit no próximo ano. O ministro elogiou o Congresso por sua coragem em abordar questões delicadas em 2023, apesar de admitir que a MP 1202 teve uma recepção menos calorosa do que outras medidas.
No entanto, uma boa notícia é que o Brasil está experimentando crescimento econômico sem inflação significativa, o que facilita o equilíbrio das contas públicas. Haddad também destacou a boa interlocução com o Judiciário e a próxima regulamentação da reforma tributária pela Casa Civil.
Quanto às indicações para o Banco Central, Haddad afirmou que Lula decidirá quando fazer a nomeação, com a prioridade de manter grandes nomes para garantir uma transição suave. Ele assegurou que todas as indicações para o BC foram cuidadosamente consideradas, inclusive para o substituto de Campos Neto, atual presidente da instituição.