O Palácio do Planalto decidiu adotar novas bandeiras para reconquistar apoio e capital político, apostando na taxação dos mais ricos, no fim da jornada 6×1 e no combate aos supersalários no funcionalismo. A ideia é retomar uma agenda com forte apelo social para reverter a perda de popularidade e mobilizar a base eleitoral.
Taxação dos mais ricos: justiça fiscal em foco
O governo planeja elevar a faixa de isenção do Imposto de Renda para a classe média e compensar com maior tributação sobre os cidadãos que ganham acima de R$ 600 mil por ano. A estratégia encontra respaldo popular: pesquisa Datafolha revela que 76% apoiam tributar quem ganha mais de R$ 50 mil por mês.
Fim da escala 6×1: mais equilíbrio na rotina de trabalho
A jornada de seis dias de trabalho seguida por apenas um dia de descanso será revisada. Lula sinalizou a mudança em pronunciamento no Dia do Trabalho, defendendo maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Supersalários: limites ao funcionalismo
O tema volta à agenda com propostas no Congresso e apoio do governo para regulamentar remunerações elevadas no setor público. A pauta reforça discurso de enfrentamento a privilégios.
Estratégia política e repercussão
A iniciativa visa comunicar que o governo está do lado dos mais pobres e da classe média. Em um momento em que os primeiros mandatos de Lula não aparecem com grandes marcos recentes, essas medidas podem marcar um novo posicionamento da gestão.