Gol entra em recuperação judicial nos EUA: o que significa para o futuro da companhia e seus rivais?

Gol entra em recuperação judicial nos EUA: o que significa para o futuro da companhia e seus rivais?

Análise das Implicações para o Mercado de Aviação Brasileiro e as Possíveis Repercussões nos Concorrentes.
Estados unidos ações americanas

A Gol Linhas Aéreas (GOLL4) apresentou um pedido de proteção contra credores no Chapter 11 da Justiça dos Estados Unidos, assemelhado à recuperação judicial no Brasil, destacando os desafios enfrentados pela empresa na renegociação de suas dívidas. O agravamento da crise e as incertezas em torno do sucesso do processo, especialmente em relação a um acordo com as empresas de leasing de aeronaves, abrem oportunidades para o crescimento de concorrentes.

Embora a Gol tenha afirmado sua intenção de continuar as operações normalmente, especialistas consultados pela Bloomberg Línea apontam que a crise pode impactar a demanda de passageiros preocupados com a garantia dos voos e a oferta em disputas com as empresas de leasing.

O analista de transportes do Citi em Nova York, Stephen Trent, observou que a Latam (LTM) possui mais sobreposição de rotas com a Gol no mercado brasileiro do que a Azul (AZUL4). Ele sugere que, se a Gol for retirada de muitas dessas rotas, a Latam poderia se tornar a única operadora em trajetos de alta densidade, o que poderia levantar preocupações antitruste e oferecer oportunidades de expansão para a Azul.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Latam encerrou 2023 como líder do mercado doméstico com 37,8% de participação, seguida pela Gol (33,3%) e Azul (28,4%).

Analistas, como Ilan Arbetman da Ativa Investimentos, apontam que a Gol enfrenta restrições para aumentar organicamente sua oferta de voos, considerando a necessidade de gastar volumes substanciais de caixa para retirar aeronaves de operação. A sobreposição de rotas entre a Gol e a Latam sugere que a última pode se beneficiar mais da situação, enquanto a Azul pode encontrar oportunidades de expansão, embora em menor escala.

O processo de recuperação judicial da Gol destaca a batalha iminente com as empresas de leasing de aeronaves, conhecidas como “lessors”. A Gol revelou uma dívida de R$ 9,8 bilhões com 25 arrendadores sob a lei dos EUA. Analistas apontam que a Gol provavelmente procurou outras fontes de capital antes do Chapter 11, indicando que a empresa tentou um acordo com os lessors sem sucesso.

O financiamento de US$ 950 milhões sob o modelo “debtor-in-possession” (DIP) foi autorizado pelo juiz Martin Glenn, responsável pelo caso nos EUA, com ressalvas sobre o custo. Ele destacou a necessidade de revisão das taxas, considerando o financiamento como “incrivelmente caro”. Analistas observam que a Gol pode enfrentar dificuldades devido à baixa liquidez corrente.

As ações da Gol acumularam uma queda de 68% no ano, refletindo a decisão do mercado de não conceder o benefício da dúvida. A exclusão da Gol de todos os índices da B3 ocorreu em razão do processo nos EUA.

Analistas apontam diferenças entre o processo da Gol e o enfrentado pelo grupo chileno Latam, destacando a complexidade da última, que contava com o suporte da Delta Airlines e Qatar Airways. O analista do Citi, Stephen Trent, ressalta a dificuldade dos investidores em entender a Abra, a holding criada para controlar a Gol e a Avianca colombiana.

O advogado Felipe Bonsenso, especialista em direito aeronáutico, sugere que o prazo para conclusão do processo de Chapter 11 da Gol depende das negociações com os credores, mas destaca a jurisdição segura dos EUA e o histórico positivo de recuperação de companhias aéreas nesse contexto. Ele observa que o pedido da Gol reflete as dificuldades do setor de aviação no Brasil, com regras rigorosas, custos elevados de combustível e despesas em dólar, enquanto a receita é em real.

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