De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a gasolina foi o principal contribuinte para a elevação dos preços em 2023. Registrando um aumento de 12,09% no ano passado, a gasolina representou 0,56 ponto percentual no índice total. Enquanto isso, a picanha apresentou deflação, com uma queda de preços de 10,69%. A carne bovina tornou-se um tema de debate durante as eleições de 2022.
A inflação dos alimentos exerceu um papel crucial na contenção da taxa oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2023. Os alimentos consumidos em domicílio apresentaram deflação de 0,52%, impulsionada pela redução nos preços do óleo de soja (-28%), frango em pedaços (-10,1%) e carnes (-9,4%).
A picanha classificou-se como a sétima carne com a maior redução de preço. Outras carnes também tiveram quedas mais expressivas, como o fígado (-20,28%), pá (-12,59%), costela bovina (-12,56%), acém (-11,88%), peito (-11,39%) e alcatra (-10,72%).
INFLAÇÃO POR CATEGORIAS
O grupo de Transportes foi o mais impactado pela alta da gasolina, registrando um aumento de 7,14% em 2023 e contribuindo com 1,46 pontos percentuais para a inflação do ano passado. Além do combustível, o emplacamento e licenciamento de veículos também aumentaram significativamente, com uma elevação de 21,22% e peso de 0,53 ponto percentual.
O grupo de Alimentação e Bebidas teve um aumento de 1,03%, enquanto a Alimentação fora do domicílio subiu 5,31%.
No grupo de Habitação, os preços subiram 5,06%, impulsionados principalmente pelo aumento da energia elétrica residencial (9,52%).
O grupo de Saúde e Cuidados Pessoais teve um aumento de 6,58%, sendo influenciado pelos planos de saúde, que registraram um aumento de 11,52% em 2023. Os produtos farmacêuticos também apresentaram alta de 5,83%.