Faturamento do Dia dos Pais mostra que a data movimenta cerca de R$ 7,8 bilhões — metade do que foi gasto no Dia das Mães em 2025. O dado revela não só diferenças de consumo, mas reflexos de papéis de gênero e mudanças na forma como a paternidade vem sendo pensada no Brasil.
Impacto econômico e dados: R$ 7,8 bi versus R$ 14,4 bi
faturamento Dia dos Pais aponta R$ 7,8 bilhões em 2025, metade do faturamento do Dia das Mães.
Impacto econômico
O Dia das Mães movimentou R$ 14,4 bilhões em 2025. O Dia dos Pais teve R$ 7,8 bilhões. A diferença é de 50% entre as duas datas. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) coloca o Dia dos Pais como a 4ª maior data comercial. Na frente estão Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças. Setores que mais puxam vendas incluem flores, perfumes, roupas, eletrodomésticos e experiências.
Dados demográficos que explicam parte da diferença
Dos quase 26 milhões de nascimentos registrados desde 2016, 1,4 milhão não têm pai declarado. Isso equivale a 5% do total, segundo a Arpen-Brasil. Em 2022, a FGV estimou mais de 11 milhões de mães criando filhos sozinhas. Esses números mostram parte da realidade social por trás do consumo.
História e consolidação comercial
O Dia das Mães foi oficializado em 1932. O Dia dos Pais surgiu em 1953, por ideia de um publicitário. A data só ganhou força comercial a partir dos anos 1970. Hoje, a consolidação social e histórica do Dia das Mães ajuda a explicar a diferença de faturamento.
Impacto cultural e mudança nas campanhas
A imagem tradicional do pai como provedor reduz o apelo afetivo da data. Em muitos lares, o cuidado ainda pesa mais sobre a mãe. Isso diminui o valor simbólico e o consumo no Dia dos Pais. Marcas já mudam a linguagem. Campanhas mostram pais que choram, cuidam e participam do dia a dia. Essas narrativas tentam aumentar o engajamento e o gasto na data.
Dados e porcentagens citados ajudam a entender o cenário. R$ 7,8 bi contra R$ 14,4 bi, 1,4 milhão de nascimentos sem pai declarado e 11 milhões de mães solo são números centrais aqui.
Causas socioculturais e mudanças na paternidade
faturamento Dia dos Pais reflete normas sociais que valorizam mais a mãe do que o pai.
Causas socioculturais
A figura materna é ligada ao cuidado e ao afeto na cultura brasileira.
Isso cria um apelo emocional maior no Dia das Mães.
O Dia das Mães movimentou R$ 14,4 bilhões em 2025, segundo a CNC.
O Dia dos Pais teve R$ 7,8 bilhões no mesmo ano.
Fatores demográficos
Desde 2016, quase 26 milhões de nascimentos foram registrados em cartório.
Destes, 1,4 milhão, ou 5%, não têm pai declarado, segundo a Arpen-Brasil.
Em 2022, a FGV estimou mais de 11 milhões de mães criando filhos sozinhas.
Paternidade e consumo
O pai ainda é visto como provedor em muitas famílias brasileiras.
Isso reduz o apelo afetivo da data e impacta o gasto médio.
Setores como flores, perfumes e eletrodomésticos puxam as vendas nas datas comemorativas.
Mudanças nas campanhas e no comportamento
Marcas têm renovado narrativas e mostrado pais mais presentes nas campanhas.
Anúncios agora mostram pais que cuidam, choram e participam do dia a dia.
Há avanços, mas o consumo ainda reflete estruturas patriarcais e divisão de cuidado.
Números como R$ 7,8 bi e R$ 14,4 bi mostram a desigualdade de consumo.
1,4 milhão de nascimentos sem pai declarado corresponde a 5% do total.
Em 2022, a FGV registrou mais de 11 milhões de mães criando os filhos sozinhas.