Exportações de ovos registraram queda de 20% em julho, segundo análise do Cepea, afetando volume embarcado e pressionando cotações internas em meio a mudanças na demanda e oferta.
Queda de 20% nas exportações e impacto no mercado doméstico
Exportações de ovos caíram 20% em julho em relação a junho. O Brasil embarcou 5,26 mil toneladas de ovos in natura e processados no mês. As remessas para os Estados Unidos recuaram 31%. Mesmo assim, o volume ficou 305% acima de julho de 2024.
Impacto no mercado doméstico
No mercado interno, as cotações seguiram movimentos variados entre regiões. Em junho, os preços chegaram ao menor patamar diário nas principais praças produtoras. Esse recuo começou em abril, após alta recorde de 40% no ano.
Em Santa Maria de Jetibá (ES), a caixa com 30 dúzias dos ovos vermelhos caiu de R$ 207 para R$ 185, queda de 10,6%. Na região de Bastos (SP), a caixa de ovos brancos foi de R$ 169,52 para R$ 159, e os vermelhos caíram de R$ 191 para R$ 177. Na Grande São Paulo, os ovos brancos recuaram de R$ 179 para R$ 164, queda de 7,3%, e os vermelhos foram de R$ 199,95 para R$ 182. Em Recife, os vermelhos caíram de R$ 185 para R$ 161, quase 13%. Em Minas, o preço dos vermelhos caiu de R$ 213 para R$ 188.
Causas e efeitos para produtores
A oferta e a demanda explicam boa parte das variações. O fim das férias e o início do mês costumam aumentar o consumo. Em agosto, as cotações subiram em várias regiões por esse motivo.
Em 2024, custos com milho e farelo de soja subiram e apertaram margens dos produtores. Houve também aumento em embalagens e investimentos em climatização. Em algumas regiões, produtores descartaram poedeiras mais velhas. Essa menor disponibilidade em 2025 permitiu repassar custos aos preços.
Em maio, o mercado já mostrava queda de mais de 10% e baixa liquidez em várias praças. Os dados do Cepea e da Secex mostram como exportações e preços internos seguem ligados e mudam conforme demanda externa e custos de produção.
Causas da oscilação de preços: oferta, demanda e custos de produção
As oscilações nos preços dos ovos resultam de oferta, demanda e custos de produção atuando ao mesmo tempo.
As exportações caíram 20% em julho, para 5,26 mil toneladas. As remessas para os Estados Unidos recuaram 31%. Mesmo assim, o volume permaneceu 305% acima de julho de 2024.
Demanda interna e efeito sazonal
O fim das férias e o início do mês aumentaram a procura por ovos em agosto. Esse movimento elevou cotações em várias praças observadas pelo Cepea.
Em abril já havia começado a queda dos preços, após alta recorde de 40% no ano. Em maio, o mercado registrou queda de mais de 10% e baixa liquidez em várias regiões.
Variação regional de preços
Em Santa Maria de Jetibá (ES), ovos vermelhos caíram de R$ 207 para R$ 185, queda de 10,6%. Na região de Bastos (SP), a caixa de ovos brancos caiu de R$ 169,52 para R$ 159.
Também em Bastos, ovos vermelhos recuaram de R$ 191 para R$ 177. Na Grande São Paulo, brancos passaram de R$ 179 para R$ 164, queda de 7,3%.
Em Recife, os vermelhos foram de R$ 185 para R$ 161, quase 13% de queda. Em Minas Gerais, os vermelhos caíram de R$ 213 para R$ 188.
Custos de produção e oferta
Em 2024, milho e farelo de soja ficaram mais caros e pressionaram custos. Embalagens e investimentos em climatização também elevaram despesas nas granjas.
Alguns produtores descartaram poedeiras mais velhas para controlar oferta. Esse descarte reduziu a oferta em 2025 e ajudou a sustentar preços.
Impacto das restrições sanitárias
Restrições por conta da gripe aviária afetaram exportações e o comércio internacional. China, Europa e Argentina interromperam compras de produtos avícolas do Brasil.
O Brasil recuperou o status livre da gripe aviária, mas as importações ainda não voltaram totalmente. Esses fatores combinados explicam parte da volatilidade observada.
Os boletins do Cepea e os dados da Secex mostram como oferta, demanda e custos moldam preços e volumes.