As recentes negociações para a exportação de carne brasileira ao mercado japonês estão concentradas nos estados do Sul, o que tem gerado críticas entre grandes produtores de outras regiões do Brasil. Entenda os impactos dessa estratégia para o setor.
Negociações concentram-se em estados do Sul para abertura do mercado japonês à carne brasileira
As negociações para abrir o mercado japonês à carne bovina brasileira estão focadas nos estados do Sul: Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Essa decisão se baseia no fato de que esses estados foram declarados livres da febre aftosa antes das demais regiões do Brasil. O Japão exige este critério rigoroso para garantir a segurança alimentar.
Importância dos Estados do Sul
Embora o Sul responda por menos de 4% do volume total de exportação de carne bovina do Brasil, esses estados têm livre comprovação sanitária reconhecida pelo Japão. Isso dá uma vantagem inicial na abertura do mercado japonês.
Preocupação das Grandes Regiões Produtoras
Estados como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, maiores produtores e que juntos representam quase 60% das exportações, estão preocupados. Eles temem exclusão do mercado japonês enquanto o foco permanece na região Sul.
Contexto das Negociações
O governo brasileiro tem conduzido as negociações em etapas, começando pelo Sul. Mesmo com o status livre da febre aftosa nacionalmente, o Japão segue avaliando riscos conforme seus próprios procedimentos antes de liberar exportações.
Essa etapa inicial pode abrir portas importantes, mas o setor espera que outras regiões sejam incluídas para ampliar o acesso ao mercado japonês, um dos mais rentáveis do mundo para carne bovina.