A economia dos EUA começou o ano de 2025 apresentando sinais de desaceleração. Embora os dados ainda estejam longe de apontar para uma recessão iminente, analistas do mercado financeiro estão atentos a mudanças no ritmo de crescimento.
Segundo o Índice Nacional de Atividade do Fed de Chicago, houve uma melhora na atividade econômica em fevereiro, com a média móvel trimestral atingindo o maior nível dos últimos três anos. Esse desempenho sugere que a economia dos EUA continua sólida, mesmo em meio a incertezas tarifárias e inflação ainda pressionada.
O dado mais recente da S&P Global, divulgado através do Índice Composto de Produção dos EUA (PMI), também apontou crescimento: 53,5 pontos em março, ante 51,6 em fevereiro. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que surpreendeu positivamente. Por outro lado, o setor industrial apresentou retração, caindo de 52,7 para 49,8 pontos.
Indicadores sinalizam solidez, apesar do freio
Esses indicadores são importantes porque leituras acima de 50 indicam expansão da atividade econômica. Ou seja, a economia dos EUA ainda está em crescimento. No entanto, o PMI industrial abaixo de 50 aponta contração do setor manufatureiro, o que acende um sinal de alerta para os próximos trimestres.
Apesar disso, projeções para o crescimento do PIB ainda mostram resiliência. A estimativa da S&P Global é que o PIB americano cresça 1,9% em ritmo anualizado no mês de março, e 1,5% no primeiro trimestre de 2025. Embora abaixo dos patamares do final de 2024, o número ainda está longe de um cenário recessivo.
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Risco de recessão é considerado “praticamente nulo”
O relatório US Business Cycle Risk Report, da CapitalSpectator, consolida diversos indicadores para avaliar a probabilidade de recessão nos EUA. Segundo o modelo utilizado, com base nas variáveis do NBER (National Bureau of Economic Research), o risco de uma recessão permanece muito baixo.
O índice CRPI, que estima diariamente o risco de início de um ciclo recessivo, não apresentou alterações significativas e segue abaixo dos níveis críticos. Isso reforça a percepção de que a economia dos EUA permanece em uma trajetória de crescimento moderado, mas sustentável.
Mercado já começa a precificar incertezas
Por outro lado, os analistas estão menos otimistas. Uma pesquisa recente da CNBC com 32 estrategistas e gestores mostrou que a probabilidade de recessão subiu de 23% em janeiro para 36% em março — o maior nível em seis meses.
Essa mudança no sentimento reflete as incertezas sobre a política comercial americana. O anúncio recente de tarifas sobre países que compram petróleo da Venezuela, por exemplo, pode ter impactos indiretos no comércio global e influenciar o apetite por risco dos investidores.
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Serviços puxam o PIB, mas indústria ainda preocupa
O setor de serviços foi o grande motor da economia no início de 2025. A reabertura completa de setores pós-Covid e a resiliência do consumo interno americano têm sustentado a geração de empregos e a renda.
Porém, o setor industrial enfrenta uma realidade mais dura. A desaceleração global, custos elevados e estoques acumulados impactaram a produção e as encomendas. Isso é evidenciado pelo PMI industrial abaixo de 50 e pela queda na produção fabril.
Essa diferença de desempenho entre os setores pode criar um cenário de crescimento desigual, o que exige atenção da política monetária e fiscal.
Inflação sob controle ajuda no curto prazo
Outro fator que sustenta a economia dos EUA é o controle da inflação. Apesar de ainda estar acima da meta do Fed, os núcleos inflacionários vêm mostrando sinais de alívio. Isso reduz a pressão por novas altas nos juros, o que favorece o consumo e o crédito.
Os investidores, no entanto, seguem atentos às próximas decisões do Federal Reserve. Uma postura mais conservadora pode esfriar ainda mais o crescimento, enquanto estímulos monetários podem ser reavaliados se os dados futuros mostrarem forte desaceleração.
O que esperar para o segundo trimestre de 2025?
O cenário-base para os próximos meses ainda é de crescimento. No entanto, a expectativa é de desaceleração gradual da economia dos EUA, especialmente se os efeitos das tarifas e de um possível esfriamento do consumo se confirmarem.
A maioria dos analistas mantém projeções de crescimento entre 1,5% e 2,2% para o PIB de 2025, abaixo da média histórica, mas dentro de uma faixa considerada saudável. O mercado espera por mais dados concretos em abril e maio para calibrar as previsões para o segundo semestre.
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Economia dos EUA em desaceleração
A economia dos EUA passa por uma fase de moderação, com dados mistos entre serviços em expansão e indústria em retração. Ainda assim, os indicadores mais amplos continuam mostrando crescimento, afastando por ora os temores de uma recessão iminente.
O investidor deve acompanhar atentamente os próximos dados do PMI, os relatórios de emprego e as decisões do Fed. O cenário ainda favorece a exposição a ativos americanos, mas exige maior seletividade e acompanhamento constante do cenário macroeconômico.