Economia alemã deve crescer lentamente em 2025, segundo Reuters

Economia alemã deve crescer lentamente em 2025, segundo Reuters

Economia alemã deve crescer apenas 0,2% em 2025, segundo associação de bancos. Recuperação significativa só é esperada para 2026.
Economia alemã

A economia alemã deve registrar um crescimento tímido de apenas 0,2% ao longo de 2025, conforme projeção revisada da Associação de Bancos Alemães. A nova previsão representa uma redução acentuada em relação à estimativa anterior, divulgada em setembro de 2024, que indicava uma possível expansão de 0,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do país.

A revisão foi divulgada em meio a sinais persistentes de fraqueza econômica. A economia alemã já acumula dois anos consecutivos de retração, e, segundo a associação, não há expectativa de recuperação sólida antes de 2026, quando o crescimento projetado é de 1,4%.

Recuperação lenta preocupa setor financeiro

A projeção da entidade bancária reflete o ambiente desafiador enfrentado pela Alemanha, que luta para reaquecer a atividade econômica. De acordo com a Reuters, que teve acesso ao relatório, os efeitos positivos do recente pacote fiscal anunciado pelo governo federal só deverão aparecer de forma mais clara a partir de 2026.

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Heiner Herkenhoff, CEO da Associação de Bancos Alemães, declarou que embora o pacote fiscal possa representar um alívio para os próximos anos, os impactos de curto prazo são limitados, principalmente pela lentidão na execução das medidas e pela complexidade dos entraves burocráticos que ainda travam o ambiente de negócios no país.

Ano Crescimento projetado (%)
2024 -0,3 (estimativa anterior)
2025 0,2
2026 1,4

Propostas para reverter o cenário

Para antecipar a retomada, a associação sugere a adoção de um conjunto de reformas estruturais e uma política tributária mais competitiva. Entre as propostas defendidas estão:

  • Estímulo a investimentos privados com incentivos fiscais;
  • Reformas no mercado de trabalho para atrair mão de obra qualificada;
  • Redução de burocracias e modernização administrativa;
  • Incentivos à inovação e digitalização industrial;
  • Aceleração de projetos de infraestrutura e sustentabilidade.

Segundo Herkenhoff, essas ações são fundamentais para evitar que a economia alemã entre em um ciclo prolongado de estagnação e para garantir maior competitividade internacional.

Fatores que explicam o desempenho fraco da economia alemã

A queda de desempenho da maior economia da Europa pode ser atribuída a uma combinação de fatores internos e externos. Internamente, a confiança do consumidor e do empresariado segue baixa, refletindo incertezas sobre política fiscal, custos de energia e carga tributária. O setor industrial, tradicional motor da economia alemã, também tem sofrido com queda na produção e no volume de exportações.

No cenário internacional, a economia alemã tem sido impactada pela desaceleração da China — seu principal parceiro comercial fora da Europa — e por tensões comerciais crescentes, especialmente com os Estados Unidos. Além disso, a guerra na Ucrânia elevou os custos de energia e exigiu reorientações de fornecedores, o que afetou profundamente o setor manufatureiro.

A inflação, embora mais controlada do que em 2022, ainda pressiona o poder de compra das famílias, dificultando a recuperação do consumo interno. Já a taxa de desemprego permanece relativamente estável, mas a criação líquida de postos de trabalho tem sido insuficiente para impulsionar a demanda.

Alemanha e o risco de estagnação prolongada

Com o crescimento próximo de zero previsto para este ano, economistas alertam para a possibilidade de a Alemanha entrar em um período de estagnação prolongada. Isso ocorre quando uma economia apresenta crescimento muito baixo por vários anos consecutivos, sem recessão formal, mas com elevado custo social e baixa geração de oportunidades.

Neste contexto, a economia alemã precisaria de estímulos mais robustos para evitar essa trajetória. A demora na resposta política e o foco excessivo em estabilidade fiscal podem estar prejudicando a capacidade de resposta do governo às necessidades da economia real.

A zona do euro como um todo acompanha com atenção os rumos da Alemanha, que representa cerca de 25% do PIB do bloco. Uma recuperação lenta em Berlim pode afetar negativamente a atividade em outros países europeus, especialmente os mais dependentes de exportações e do setor industrial integrado.

Expectativas e confiança do mercado

Embora os números revisados sejam motivo de preocupação, o mercado financeiro ainda aposta em uma possível virada nos próximos dois anos. Parte do otimismo está ligada à perspectiva de reformas e à capacidade institucional da Alemanha de implementar medidas de reequilíbrio econômico quando necessário.

Além disso, a expectativa de redução de juros por parte do Banco Central Europeu ao longo de 2025 pode favorecer o ambiente de crédito e incentivar o investimento produtivo. A questão energética, por sua vez, tende a melhorar à medida que novas fontes renováveis forem incorporadas à matriz e projetos de infraestrutura forem finalizados.

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Economia alemã enfrentará dificuldades

A estimativa de que a economia alemã crescerá apenas 0,2% em 2025 reforça a necessidade de ações rápidas e efetivas por parte do governo. O país, que já enfrentou dois anos de contração, ainda convive com os efeitos de choques externos, rigidez fiscal e desafios estruturais.

Apesar das dificuldades, há espaço para recuperação nos próximos anos, desde que as reformas necessárias sejam aprovadas e implementadas com celeridade. O sucesso da retomada da economia alemã será crucial não apenas para os alemães, mas também para a estabilidade e o crescimento da União Europeia como um todo.

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