O dólar cai significativamente nesta quarta-feira (5), operando abaixo de R$ 5,80. A moeda norte-americana recua mais de 2% frente ao real, atingindo mínima de R$ 5,7943. Esse movimento ocorre em meio a expectativas do mercado financeiro quanto à política monetária dos Estados Unidos e tensões no comércio internacional.
Apesar do impacto global, o cenário doméstico tem pouca influência na cotação do dólar hoje. A principal explicação para essa desvalorização vem de fatores externos, como o relatório de empregos dos EUA e novas decisões do Federal Reserve (Fed).
Quais fatores explicam a queda do dólar?
A tendência de desvalorização do dólar ocorre devido a uma combinação de elementos, principalmente:
✔ Relatório de empregos nos EUA abaixo do esperado
✔ Expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve
✔ Tensões comerciais envolvendo os EUA, México, Canadá e China
✔ Projeção de crescimento da economia chinesa
Com isso, investidores ajustam suas apostas no mercado de câmbio, favorecendo moedas de países emergentes, como o real.
Relatório de empregos dos EUA impacta dólar
O relatório ADP, que mede a criação de empregos no setor privado dos Estados Unidos, trouxe um resultado abaixo das expectativas. Foram abertas 77 mil vagas em fevereiro, enquanto os economistas esperavam 140 mil.
Esse dado reforça as chances de um corte na taxa de juros dos EUA, reduzindo o apelo dos títulos do Tesouro norte-americano. Como consequência, o dólar cai frente a outras moedas, incluindo o real.
Segundo analistas, o Federal Reserve pode reduzir os juros em até 75 pontos-base até dezembro, com início do corte em junho. Caso isso aconteça, o dólar perderá força globalmente, ampliando o movimento de queda.
Guerra comercial também influencia queda do dólar
Outro fator relevante para a desvalorização da moeda norte-americana é a guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump. Recentemente, o governo dos EUA impôs tarifas extras de 25% sobre produtos do México e do Canadá, além de elevar de 10% para 20% as tarifas sobre importações da China.
Em resposta, os países afetados já anunciaram medidas retaliatórias. A presidente do México prometeu divulgar novas tarifas no próximo domingo (9), enquanto o Canadá aplicará taxas de 25% sobre produtos norte-americanos.
Esse cenário de incerteza no comércio global eleva a busca por ativos de mercados emergentes, impulsionando o real e fazendo com que o dólar caia.
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China mantém meta de crescimento e reforça tendência de queda do dólar
A China, a segunda maior economia do mundo, também influencia a desvalorização do dólar. O país asiático anunciou que manterá sua meta de crescimento do PIB em 5% para 2025.
Isso significa que o governo chinês pode continuar adotando estímulos econômicos, como cortes de impostos e incentivos à exportação. Essas medidas favorecem o apetite por risco nos mercados, reduzindo a demanda global por dólares.
Dólar cai no exterior e reflete no Brasil
O movimento de queda do dólar não é exclusivo do Brasil. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra outras moedas, registra queda de 1,26%, operando a 104,480 pontos.
Esse cenário global favorece moedas emergentes, como o real brasileiro. Com isso, o dólar cai ainda mais no mercado interno, levando a cotação abaixo de R$ 5,80.
O que esperar para o dólar nos próximos dias?
A tendência para o câmbio nos próximos dias dependerá da evolução dos seguintes fatores:
Novos dados econômicos dos EUA – Caso os indicadores continuem fracos, o Fed pode reforçar os planos de corte de juros, pressionando ainda mais o dólar para baixo.
Reação dos países à guerra comercial – Se México, Canadá e China ampliarem as retaliações contra os EUA, o dólar pode sofrer mais oscilações.
Decisões do Banco Central brasileiro – Mudanças na taxa Selic e outras intervenções no câmbio podem influenciar a cotação da moeda norte-americana no Brasil.
Dólar cai e tendência pode continuar
O dólar cai mais de 2% nesta quarta-feira (5), refletindo fatores externos como a guerra comercial, a expectativa de corte de juros nos EUA e a projeção econômica da China. Com isso, a cotação atinge R$ 5,79, seguindo a tendência global de desvalorização da moeda norte-americana.
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Nos próximos dias, o mercado acompanhará novos dados econômicos e possíveis mudanças na política monetária dos EUA e do Brasil. Caso as expectativas de cortes de juros se confirmem, o dólar pode continuar caindo, beneficiando o real.
