A Petrobras (PETR4) anunciou nesta segunda-feira (12) a distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), referentes ao balanço do primeiro trimestre de 2025. O valor representa R$ 0,91 por ação e será pago em duas parcelas aos acionistas que estiverem com posição comprada até as datas de corte.
A primeira parcela, no valor de R$ 0,45 por ação, será paga em 20 de agosto, integralmente na forma de JCP. Já a segunda parcela, no mesmo valor, será paga em 22 de setembro, sendo R$ 0,31 em dividendos e R$ 0,15 em JCP. A remuneração representa uma das maiores distribuições do setor neste ano.
Quando você precisa ter as ações da Petrobras para receber os dividendos?
Terão direito ao pagamento os investidores com ações da companhia na B3 em 2 de junho de 2025 e na NYSE até 4 de junho. As ações passarão a ser negociadas ex-direitos na B3 a partir de 3 de junho. Para os detentores de ADRs, a primeira parcela será paga em 27 de agosto e a segunda em 29 de setembro de 2025.
Essa distribuição se soma à política de dividendos da Petrobras que, nos últimos anos, tem sido marcada por altos repasses ao acionista, especialmente durante períodos de preços elevados do petróleo e forte geração de caixa operacional.
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Por que as ações da Petrobras subiram com o anúncio?
Além do anúncio dos dividendos da Petrobras, as ações da estatal fecharam o dia em alta de 2,4%, cotadas a R$ 31,65, impulsionadas pelo avanço das cotações internacionais do petróleo e pela trégua tarifária entre Estados Unidos e China, que trouxe ânimo adicional ao mercado.
A suspensão temporária das tarifas comerciais entre as duas potências foi bem recebida pelos investidores, aliviando temores de retração global e apoiando os preços das commodities.
Lucro da Petrobras atinge R$ 35 bi e EBITDA ajustado chega a R$ 61 bi
A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 35 bilhões (US$ 6 bilhões) no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi impulsionado por maior produção, valorização cambial e aumento no crackspread de diesel. O EBITDA ajustado alcançou R$ 61 bilhões (US$ 10,5 bilhões), com geração de caixa operacional (FCO) de R$ 49,3 bilhões (US$ 8,5 bilhões).
Desconsiderando efeitos pontuais, o lucro recorrente foi de R$ 23,7 bilhões, crescimento de 31% em relação ao 4T24. O EBITDA ajustado recorrente somou R$ 62,3 bilhões, alta de 8% no comparativo trimestral. A Petrobras também pagou R$ 65,7 bilhões em tributos no período.
Produção sobe 5,4% e investimentos avançam no pré-sal
A produção total de óleo e gás atingiu 2,77 milhões de barris por dia, alta de 5,4% frente ao trimestre anterior. Destaque para o início de produção do FPSO Almirante Tamandaré, com capacidade para 225 mil barris/dia no campo de Búzios.
Os investimentos somaram R$ 23,7 bilhões, concentrados em projetos do pré-sal, como os campos de Búzios e Atapu. Segundo a Petrobras, isso representa 22% do guidance anual de investimentos. A estatal também iniciou operação do segundo módulo da UPGN do Complexo Boaventura e concluiu a modernização do Trem 1 da RNEST.
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Petrobras continua entre as maiores pagadoras da Bolsa?
A distribuição de R$ 11,72 bilhões reforça o compromisso da Petrobras com sua política de retorno ao acionista e a continuidade de pagamentos robustos mesmo em um cenário de transição energética e desafios regulatórios. Os dividendos da Petrobras seguem sendo um dos principais atrativos para o investidor que busca rendimento no mercado brasileiro.