A dívida pública federal brasileira registrou uma queda de 1,08% em janeiro em comparação com o mês anterior, totalizando R$ 6,450 trilhões, conforme anunciado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (26).
Durante o período mencionado, a dívida pública mobiliária interna teve uma redução de 1,48%, alcançando R$ 6,176 trilhões. Por outro lado, a dívida externa aumentou em 8,89%, atingindo R$ 273,83 bilhões.
Segundo o Tesouro, a diminuição no saldo da dívida interna pode ser atribuída a um resgate líquido de R$ 147,9 bilhões, compensado parcialmente por juros positivos no valor de R$ 55,08 bilhões.
O órgão destacou que janeiro foi caracterizado por uma atmosfera de cautela, especialmente devido à especulação em torno das taxas de juros nos Estados Unidos. No mercado nacional, a parte mais curta da curva de juros teve uma queda no último mês, influenciada por indicadores favoráveis de inflação, enquanto a parte mais longa foi impactada pelo cenário externo.
O custo médio da dívida pública federal nos últimos 12 meses aumentou de 10,51% ao ano em dezembro para 10,65% no mês passado. Em relação às novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio diminuiu de 11,62% para 11,56% ao ano.
No mesmo período, o prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros aumentou para 4,11 anos, em comparação com os 3,95 anos registrados em dezembro.
Quanto ao colchão de liquidez para o pagamento da dívida pública, houve uma redução de 17,22% em janeiro, totalizando R$ 813,23 bilhões, o que é suficiente para cobrir 7,10 meses de vencimentos de títulos — em dezembro, essa cobertura era de 7,57 meses.
Para fevereiro, o Tesouro destacou um aumento significativo nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA devido à persistência da inflação e ao vigor da economia americana, fatores que influenciaram a postergação das expectativas de redução na taxa de juros básica pelo Federal Reserve (FED). No mercado local, a parte curta da curva de juros permaneceu estável em fevereiro, enquanto a parte mais longa aumentou devido a dados inflacionários acima do esperado e ao aumento dos rendimentos dos títulos públicos dos EUA.