Uma análise detalhada da rentabilidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ao longo dos últimos 25 anos revela uma perda significativa no poder de compra do dinheiro ali aplicado. Os números, descontando a inflação, pintam um quadro preocupante para os trabalhadores.
De acordo com os dados divulgados, a rentabilidade anual do FGTS, ajustada pela inflação, demonstra um cenário desafiador. Nos anos de 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, e 2015, as taxas de retorno foram negativas, variando de -1,38% a impressionantes -5,96%.
O ano de 2015 foi particularmente difícil, com uma queda expressiva de quase 6% no poder de compra do dinheiro aplicado no FGTS. Essa trajetória negativa continuou em 2016, embora com uma taxa menos acentuada de -1,18%.
Houve uma ligeira recuperação em 2017, com uma rentabilidade de +2,77%, mas essa melhoria foi seguida por anos mistos, com altos e baixos. Os anos de 2018 e 2021 registraram taxas negativas, enquanto 2019 e 2020 viram retornos positivos, porém modestos.
Em 2022, a rentabilidade de +1,30% trouxe um alívio, mas não foi o suficiente para reverter a tendência global de perda de poder de compra ao longo do período analisado.
Somando todas as variações ao longo dos anos, a rentabilidade acumulada do FGTS nos últimos 25 anos é de -28,49%. Isso significa que o dinheiro aplicado no fundo perdeu quase 30% do seu valor real devido à inflação.
Esses números levantam questões sobre a eficácia do FGTS como uma opção de investimento a longo prazo para os trabalhadores, destacando a importância de uma revisão e discussão sobre as políticas relacionadas ao fundo e seu impacto no futuro financeiro dos contribuintes.