As exportações chinesas registraram um aumento mais expressivo em dezembro, indicando um potencial alívio para as autoridades monetárias diante dos sinais de melhoria no comércio global. O crescimento de 2,3% em relação ao ano anterior, divulgado nas últimas estatísticas alfandegárias, superou as expectativas, apontando para uma recuperação impulsionada principalmente pelos setores de semicondutores e eletrônicos. Esses dados positivos poderiam sugerir uma possível redução nas taxas de juros, contribuindo para fortalecer a economia diante dos desafios previstos para 2024.
Apesar desse otimismo nas exportações, a China enfrenta desafios internos, incluindo uma crise prolongada no setor imobiliário, consumidores cautelosos e questões geopolíticas, que projetam um ano turbulento para a segunda maior economia do mundo. Embora as importações tenham aumentado em 0,2% em relação ao ano anterior, ficando abaixo das previsões, a reversão da queda anterior indica um panorama complexo.
Os dados recentes também revelaram que os preços ao consumidor na China caíram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, enquanto os preços de fábrica ampliaram sua queda anual. Esses indicadores evidenciam a persistência das pressões deflacionárias na economia chinesa, com o índice de preços ao consumidor registrando o crescimento mais lento desde 2009 e o índice de preços ao produtor marcando a queda mais acentuada desde 2015.
Diante desse cenário, analistas destacam a necessidade de medidas adicionais de estímulo no curto prazo para impulsionar a demanda interna e combater a pressão deflacionária. Embora haja perspectivas de melhoria durante o Ano Novo Lunar, espera-se que o governo implemente medidas adicionais para impulsionar os gastos das famílias e fortalecer a economia em meio aos desafios contínuos.