Os dados divulgados nesta quarta-feira revelam que a inflação no Reino Unido abrandou em fevereiro, apresentando um aumento anual de 3,4%, uma desaceleração em relação aos 4,0% registados em janeiro. Essa é a taxa mais fraca desde setembro de 2021, segundo informações oficiais.
Os preços de alimentos e restaurantes foram os principais contribuintes para esta desaceleração, contrabalançados pelo aumento nos preços dos combustíveis, conforme relatado pelo Escritório de Estatísticas Nacionais.
A inflação subjacente, que exclui energia, alimentos e tabaco, também diminuiu, passando para 4,5% em comparação com os 5,1% de janeiro. As previsões dos economistas e do Banco da Inglaterra sugeriam uma taxa ligeiramente superior, de 3,5% e 4,6%, respectivamente.
Espera-se que o Comité de Política Monetária do Banco da Inglaterra mantenha as taxas de juro inalteradas na quinta-feira, em linha com a Reserva Federal dos Estados Unidos, que anunciará sua decisão ainda hoje.
Embora haja uma ligeira elevação nas expectativas de uma redução nas taxas de juro pelo Banco da Inglaterra em agosto, a libra esterlina permaneceu praticamente estável.
Apesar da moderação nos aumentos de preços, o Reino Unido ainda mantém a taxa de inflação mais alta entre os países do G7. Os preços ao consumidor no Reino Unido aumentaram mais de 21% desde o final de 2020, ficando atrás apenas da Áustria na Europa Ocidental.
O Banco da Inglaterra observa de perto a inflação dos serviços, que também diminuiu para 6,1%, em comparação com os 6,5% de janeiro.
Esses números positivos são bem-vindos para o primeiro-ministro Rishi Sunak, cuja posição tem sido afetada pelos custos de vida crescentes. Ele tem buscado crédito pela redução da inflação e tem instado os eleitores a permanecerem leais ao Partido Conservador para continuar com seu plano econômico.
Enquanto isso, o Partido Trabalhista destacou que os preços continuam altos e argumentou que a situação da população piorou após 14 anos de governo conservador.