Os dados oficiais divulgados nesta sexta-feira revelam que a inflação ao consumidor na Coreia do Sul atingiu o seu nível mais baixo em seis meses durante janeiro. De acordo com o índice de preços ao consumidor (IPC), houve um aumento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, marcando uma desaceleração em comparação com os 3,2% registrados em dezembro e os 2,9% apontados em uma pesquisa de economistas da Reuters.
Esta desaceleração, observada pelo terceiro mês consecutivo, representa o crescimento anual mais lento desde julho de 2023, principalmente devido à diminuição nos preços do petróleo, com os produtos derivados do petróleo caindo 2,5% ao longo do mês.
Apesar desse cenário, autoridades financeiras alertam para um possível aumento da inflação nos próximos meses devido às pressões sobre os preços decorrentes das tensões geopolíticas no Oriente Médio. O Ministro das Finanças, Choi Sang-mok, afirmou que a inflação poderá recuperar para cerca de 3% em fevereiro e março, destacando o impacto recente da situação no Oriente Médio sobre os preços do petróleo.
O Banco da Coreia, em comunicado, também reconheceu a possibilidade de um aumento temporário na inflação. O governador do banco central sugeriu, na quinta-feira, um atraso em qualquer mudança de política, apesar de ter indicado anteriormente que o aumento das taxas de juro tinha sido encerrado em janeiro. A maioria dos membros do conselho do banco considera que a política monetária permanecerá restritiva por algum tempo, visando reduzir a inflação para a meta de 2%, dada a incerteza em relação às pressões do lado da oferta.
O núcleo do IPC, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, registrou um aumento de 2,5%, mais fraco em comparação com o aumento de 2,8% no mês anterior, marcando o desempenho mais fraco desde dezembro de 2021, de acordo com dados da Statistics Korea.