O déficit do Governo cresceu significativamente em maio de 2024, registrando um aumento de 30,40% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Este é o segundo pior resultado da série histórica para o mês de maio, ficando atrás apenas de 2020, quando a pandemia de COVID-19 impactou severamente a economia. O déficit de R$ 60,98 bilhões foi impulsionado por um aumento de 14,0% nas despesas, que somaram R$ 225,48 bilhões, apesar de um crescimento de 9,0% nas receitas líquidas, que totalizaram R$ 164,49 bilhões.
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Previdência Social: O Principal Contribuinte para o Déficit
O déficit foi amplamente influenciado pela Previdência Social, que registrou um déficit de R$ 61,03 bilhões em maio, um aumento expressivo de 69,5% em comparação com 2023. Vários fatores contribuíram para este aumento, sendo o mais significativo o reajuste do salário mínimo acima da inflação, que também elevou os benefícios dos aposentados. Além disso, a antecipação do décimo terceiro salário do INSS contribuiu para o resultado negativo, embora a alta real, desconsiderando este fator, ainda fosse de aproximadamente 10%.
Acumulado do Ano
De janeiro a maio de 2024, o governo acumulou um déficit de R$ 29,99 bilhões. Este resultado é um contraste significativo com o superávit de R$ 1,83 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. O resultado primário para maio representa 6,3% do PIB, enquanto o acumulado do ano representa 0,6% do PIB. As expectativas são de um agravamento do déficit na segunda metade do ano.
Projeções e Expectativas
O déficit primário do Governo acumulado em 12 meses até maio de 2024 foi de R$ 268,4 bilhões, equivalente a 2,36% do PIB. A meta fiscal do governo federal para 2024 é um déficit zero, com uma margem de tolerância para um déficit de até R$ 28,8 bilhões. No entanto, analistas do mercado financeiro projetam um déficit de R$ 79,7 bilhões.
Despesas e Arrecadação
Mesmo com aumentos na arrecadação, como o recorde de R$ 203 bilhões em maio, as despesas obrigatórias e discricionárias continuam em trajetória ascendente. A receita não tem sido suficiente para compensar o crescimento das despesas, resultando em um cenário de déficit crescente.
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