Em outubro, o déficit comercial dos Estados Unidos se ampliou mais do que o esperado, apontando para um possível impacto negativo no crescimento econômico no quarto trimestre. Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, o déficit comercial aumentou 5,1%, atingindo US$ 64,3 bilhões. Os dados de setembro foram revisados, indicando um déficit de US$ 61,2 bilhões em comparação com os US$ 61,5 bilhões inicialmente relatados.
Economistas consultados pela Reuters previam um aumento do déficit comercial para US$ 64,2 bilhões em outubro.
As exportações de bens e serviços caíram 1,0%, totalizando US$ 258,8 bilhões. As exportações de bens diminuíram 1,8%, alcançando US$ 173,5 bilhões. A queda foi liderada por exportações de bens de consumo, com destaque para diamantes lapidados e produtos farmacêuticos. As exportações de veículos, peças e motores também registraram uma redução de US$ 0,9 bilhão.
No entanto, as exportações de suprimentos e materiais industriais aumentaram US$ 1,2 bilhão. As exportações de bens de capital atingiram um recorde de US$ 51,2 bilhões. As exportações de serviços aumentaram US$ 0,6 bilhão, totalizando US$ 85,3 bilhões, impulsionadas por serviços de transporte, financeiros e outros serviços empresariais. No entanto, as exportações de serviços de viagem apresentaram queda.
As importações de bens e serviços aumentaram 0,2%, atingindo US$ 323,0 bilhões. As importações de bens cresceram 0,1%, totalizando US$ 263,3 bilhões, indicando um possível enfraquecimento da demanda doméstica em meio a taxas de juros mais altas.
As importações de bens de capital aumentaram US$ 1,8 bilhão, impulsionadas por aumentos em computadores, equipamentos de perfuração e campos de petróleo. As importações de veículos, peças e motores registraram uma queda de US$ 1,0 bilhão.
As importações de serviços aumentaram US$ 0,2 bilhão, atingindo US$ 59,8 bilhões, com um aumento nos serviços de viagem.
No terceiro trimestre, o comércio teve um impacto neutro na taxa de crescimento anualizada da economia de 5,2%. As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão, em grande parte, abaixo de um ritmo de 2%.