CSN vende fatia Usiminas ao mercado nesta quarta-feira (6), reduzindo a participação para menos de 5%, cumprindo exigências do Cade. Entenda os detalhes da operação e o histórico desta disputa entre as duas gigantes da siderurgia.
CSN vende ações da Usiminas e diminui participação para 4,99%
A CSN (CSNA3) vendeu mais uma fatia das ações da Usiminas (USIM5), reduzindo sua participação para 4,99% do capital social. A venda envolveu 36.235.837 ações ordinárias e 472.200 ações preferenciais, todas negociadas para o Fundo Vera Cruz.
Essa movimentação foi motivada por uma determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que busca evitar concentração excessiva no setor siderúrgico. Antes da venda, a participação da CSN era de 7,92%.
Na venda mais recente, o valor foi baseado no preço de fechamento das ações no dia 4 de agosto de 2025, alinhando-se à estratégia da empresa para cumprir as exigências regulatórias e evitar riscos legais.
Essa operação acontece poucos dias após outra redução de participação na Usiminas, realizada para a Globe Investimentos, aprofundando o processo de desinvestimento da CSN nesse ativo.
O conflito entre as duas empresas não é recente e já dura mais de dez anos. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabeleceu um prazo para a CSN apresentar um plano formal de venda, reforçando que a manutenção da participação acima do limite poderia prejudicar a competição no mercado.
Em 2014, o Cade estabeleceu um limite máximo de 5% para a CSN na Usiminas, com um prazo inicial para venda, mas diversos recursos administrativos prolongaram o processo até a confirmação definitiva da obrigação.
Com a mais recente venda, a CSN aproxima-se do limite definido e sinaliza o cumprimento das exigências para resolver o conflito antitruste, impactando os investidores interessados nas ações das duas companhias.