Copom revisa hiato do produto, juro neutro e faz comentários sobre política fiscal: análise de Álvaro Frasson

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A Ata da Reunião do Comitê de Monetária () do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (25), trouxe como principais destaques a revisão da taxa de juros neutra e do hiato do produto, além de comentários adicionais sobre a política fiscal.

Hiato do produto: O Copom revisou para cima sua estimativa do hiato do produto, que mede a diferença entre a da e seu potencial máximo. Segundo a Ata, o hiato está agora em torno da neutralidade, após ter sido considerado levemente negativo na última avaliação.

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Juro real neutro: O juro real neutro, que representa a taxa de juros necessária para garantir a estabilidade da economia sem afetar o crescimento, também foi revisto para cima pelo Copom, para 4,75%. Essa revisão está em linha com as expectativas do mercado, que já estimavam a taxa neutra entre 5,0% e 5,5%.

Política fiscal: O Copom fez comentários sobre a necessidade de uma política fiscal contracíclica, ou seja, que se ajuste às condições da economia. Segundo o Comitê, “políticas monetária e fiscal síncronas e contracíclicas contribuem para assegurar a estabilidade de preços e, sem prejuízo de seu objetivo fundamental, suavizar as flutuações do nível de e fomentar o pleno emprego”.

Análise de Álvaro Frasson:

Álvaro Frasson, estrategista macro do BTG Pactual Portfolio Solutions, avalia que as revisões do Copom foram “dovish”, ou seja, indicam uma postura mais cautelosa do Banco Central em relação à taxa de juros. Ele destaca que a revisão do hiato do produto foi “tímida” e que a do juro real neutro “não incorporou a evolução das incertezas externas e domésticas nos últimos 12 meses”.

Frasson também chama atenção para os comentários do Copom sobre a política fiscal, que, segundo ele, representam uma crítica ao atual arcabouço fiscal, que é considerado pró-cíclico.

Impacto nas projeções:

As revisões do Copom não alteraram as projeções do BTG Pactual para a taxa Selic, que continua sendo de 10,5% até o final do ano. No entanto, o banco admite que a possibilidade de um início de ciclo de corte de juros pelo Fed e um enfraquecimento do doméstico podem levar a uma revisão das projeções.

Próximos passos:

O Banco Central divulgará o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) na próxima quinta-feira (28), que trará mais detalhes sobre as projeções de inflação para 2025 e 2026.

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