O Brasil ocupa agora o terceiro lugar no ranking mundial de juros reais, após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir manter a Selic no patamar de 10,50% pela segunda reunião consecutiva. Segundo um levantamento realizado pelo Portal MoneYou, o juro real no Brasil é de 7,36% ao ano. O país está atrás apenas da Turquia, com uma taxa de 12,13%, e da Rússia, com 7,55%.
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Contexto Internacional
Além de Brasil, Turquia e Rússia, o ranking de juros reais inclui México (6,24%), África do Sul (3,89%) e Indonésia (3,61%). Esse cenário coloca o Brasil em uma posição de destaque, mas também levanta preocupações sobre os desafios econômicos que o país enfrenta, especialmente no controle da inflação e no crescimento econômico sustentável.
Decisão do Copom
Na última reunião realizada em 31 de julho, o Copom optou por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. Esta decisão foi tomada em um contexto de desinflação lenta, desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador. A manutenção da Selic era amplamente esperada pelo mercado, que já precificava a estabilidade dos juros em função do agravamento da inflação e dos riscos fiscais.
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Impacto na Inflação e no Mercado
A taxa real é uma combinação da inflação projetada para os próximos 12 meses, baseada no relatório Focus do Banco Central (BC), que estima a inflação em 3,67% ao final de 2024, e da taxa de juros DI do próximo ano, com vencimento mais líquido em junho de 2025. Em termos nominais, com a Selic a 10,50%, os juros brasileiros ocupam a sexta posição no ranking global, atrás de países como Turquia (50%), Argentina (40%), Rússia (16%), Colômbia (11,75%) e México (11%).
Projeções Futuras
Projeções indicam que o Brasil continuaria na terceira posição mesmo se o Copom tivesse optado por um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.) ou uma alta de 0,50 p.p. na taxa. Nessas situações, o juro real do país seria de 6,94% ou 7,51%, respectivamente.
Análise de Especialistas
O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, comentou que a decisão do Copom é uma medida de vigilância diante da desinflação lenta e da desancoragem das expectativas de inflação. “Alguns elementos chamam a atenção, especialmente a menção de que o Copom pode ficar mais vigilante no futuro se as variáveis de mercado piorarem ou se as expectativas de inflação se deteriorarem”, afirmou Gala.
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Ranking Mundial de Juros Reais
Aqui está o ranking mundial de juros reais, considerando as taxas de juros atuais descontadas pela inflação projetada para os próximos 12 meses:
| Ranking | País | Taxa de Juros Reais (%) |
|---|---|---|
| 1 | Turquia | 12,13 |
| 2 | Rússia | 7,55 |
| 3 | Brasil | 7,36 |
| 4 | México | 6,24 |
| 5 | África do Sul | 3,89 |
| 6 | Indonésia | 3,61 |
| 7 | Hong Kong | 2,83 |
| 8 | Itália | 2,44 |
| 9 | Reino Unido | 2,39 |
| 10 | Filipinas | 2,37 |
| 11 | Índia | 2,16 |
| 12 | Polônia | 2,04 |
| 13 | Estados Unidos | 1,75 |
| 14 | Colômbia | 1,74 |
| 15 | Nova Zelândia | 1,71 |
| 16 | Israel | 1,60 |
| 17 | Hungria | 1,45 |
| 18 | Malásia | 1,40 |
| 19 | República Checa | 1,35 |
| 20 | China | 1,15 |
