China e EUA sinalizam estabilidade nas relações comerciais e Trump pressiona Índia

A relação entre China e EUA entra em novo capítulo com declarações de líderes e possível corte no déficit comercial.
china e eua

A relação comercial entre China e EUA voltou a ganhar destaque nesta semana após declarações conciliatórias de ambos os lados. O vice-premiê chinês afirmou que o comércio entre os países está estável e que existe margem para ampliação da cooperação bilateral, enquanto autoridades norte-americanas indicaram que o déficit com a China poderá cair em até US$ 50 bilhões neste ano.

As falas ocorrem em um momento delicado, marcado por tensões tarifárias reacendidas pelo ex-presidente Donald Trump, que voltou a defender medidas protecionistas e endurecimento contra Pequim.

Publicidade: Banner Header Padrão

Redução do déficit comercial e pressões internas nos EUA

Segundo o Escritório de Representação Comercial dos , a é reduzir o déficit com a China em pelo menos US$ 50 bilhões em 2025. Essa sinalização busca responder às críticas internas sobre a dependência econômica de produtos chineses, especialmente em setores estratégicos como tecnologia, e energia.

Trump, provável candidato republicano à presidência, disse em entrevista recente que “não decidiu” se irá revogar ou ampliar as tarifas contra a China, mas deixou claro que, se eleito, buscará renegociar acordos comerciais com foco em “vantagens para o trabalhador americano”.


Tarifas, terras raras e o impasse dos metais críticos

Um dos pontos sensíveis nas discussões entre China e é o controle chinês sobre os chamados “terras raras magnéticos” — materiais essenciais para a produção de motores elétricos, turbinas e componentes de defesa.

De acordo com Greer, Representante de Comércio dos EUA, a concessão chinesa nesse setor é “a mais relevante até agora”, mas o país norte-americano seguirá firme na investigação 232, que apura impactos das importações nos setores estratégicos americanos. “Não haverá exceção para metais críticos”, afirmou.


Trump pressiona Índia e mantém incertezas sobre China

Além da China, Trump ampliou o escopo tarifário ao mencionar tarifas de 20% a 25% sobre produtos indianos. Segundo ele, essas medidas fazem parte de um novo pacote comercial mais rígido que pode ser anunciado ainda neste semestre.

Embora Trump não tenha confirmado se pretende manter todas as tarifas contra Pequim, sua retórica preocupa os mercados globais, especialmente diante da fragilidade nas cadeias de suprimento.


Reação dos mercados e impacto sobre o investidor

O mercado financeiro global monitora de perto a relação entre China e EUA por seu impacto direto em ativos como commodities, moedas e ações de com cadeias globais integradas. Qualquer escalada tarifária pode pressionar a inflação, o câmbio e os custos de produção.

Para investidores brasileiros, o reflexo pode ser sentido principalmente em exportadoras ligadas ao e à mineração, setores que têm forte dependência da demanda chinesa. Além disso, ações de empresas listadas nos EUA com exposição à China, como Apple, e Tesla, tendem a registrar maior volatilidade.


Diplomacia em curso, mas riscos permanecem

O discurso mais moderado do governo chinês e a sinalização de corte no déficit por parte dos EUA sugerem uma abertura diplomática. No entanto, as falas de Trump mantêm o cenário imprevisível. A relação entre China e EUA segue como um dos principais vetores de risco geopolítico e econômico para 2025.

A possibilidade de acordo existe, mas ainda depende de fatores políticos, sobretudo do calendário eleitoral americano e das pressões internas sobre industrial e segurança nacional.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Noticias

Assine nossa newsletter

Esteja um passo à frente. Receba em primeira mão as notícias que movem o mercado e a sociedade, direto no seu WhatsApp e e-mail.