As ações da CBA (CBAV3) foram recalibradas após resultados mistos no 2T25, mas o CBA (CBAV3) ainda apresenta uma oportunidade intrigante para investidores dispostos a tolerar riscos. Apesar de um prejuízo recente e da queda nos números de vendas, o BTG Pactual acredita que há um potencial de valorização à frente.
Análise de desempenho da CBA no 2T25
No segundo trimestre de 2025, a CBA (CBAV3) enfrentou dificuldades significativas. O prejuízo de R$ 89 milhões surpreendeu o mercado, especialmente considerando que no mesmo período de 2024 a empresa havia registrado um lucro de R$ 193 milhões. Essa queda abrupta levantou preocupações entre os investidores sobre a gestão e o futuro da companhia.
Além disso, o EBITDA ajustado da CBA caiu 44%, totalizando R$ 189 milhões. Essa diminuição mostra como a empresa está lidando com contratempos operacionais. O volume de vendas de alumínio caiu 8% em comparação ao ano anterior. Essas métricas indicam que há um desafio de comunicação e expectativas que precisam ser corrigidos.
Impactos na Confiança dos Investidores
A decepção com os resultados impactou a confiança dos investidores. As ações CBAV3 chegaram a mínimas históricas, refletindo a incerteza em torno da empresa. O BTG Pactual, no entanto, acredita que a recente capitulação do preço das ações pode ter ido longe demais. Eles veem uma possível recuperação significativa se as previsões de EBITDA se concretizarem.
O banco argumenta que a alavancagem está em níveis confortáveis e não representa um risco se comparada ao histórico recente. Os analistas apontam que, apesar dos desafios atuais, a CBA pode se beneficiar de um balanço mais sólido e da ausência de pressões imediatas de dívida. Isso cria um ambiente potencial para futuros investimentos.
Visão do BTG sobre a alavancagem e recomendações
O BTG Pactual tem uma visão positiva sobre a alavancagem da CBA (CBAV3). Apesar de a alavancagem ter de passar por uma deterioração, eles não acreditam que isso seja um problema grave. A previsão é que a empresa possa queimar algum caixa em 2025, mas isso é parte do processo de recuperação. No longo prazo, a situação parece se estabilizar.
Atualmente, a alavancagem é projetada para flutuar entre 3 e 3,5 vezes até o final do ano. Esses níveis, embora não ideais, não são alarmantes. Segundo o BTG, a pressão de covenants não é uma preocupação, já que a companhia tem um cronograma de amortização favorável. Apenas R$ 286 milhões vencem até o final de 2027, enquanto a posição de caixa é de R$ 673 milhões.
Recomendações do BTG para Investidores
O BTG recomenda a compra das ações da CBA, definindo um preço-alvo reduzido de R$ 7 para R$ 6. Eles acreditam que a empresa apresenta uma oportunidade de valorização significativa. A recente desvalorização das ações pode ter gerado uma entrada atraente para acionistas dispostos a tolerar algum risco.
Os analistas destacam que, se as previsões de EBITDA se concretizarem, a CBA pode dobrar de valor nos próximos anos. Isso é bastante positivo, especialmente considerando o cenário atual desafiador da empresa. Se a administração conseguir resolver os problemas operacionais, isso poderá aumentar a confiança dos investidores e resultar em novas oportunidades.