Nos últimos meses, os futuros do ouro têm registrado um aumento significativo, porém, uma variável tem potencial para limitar sua valorização, pelo menos a curto prazo: as compras da China, que recentemente diminuíram. Na última sexta-feira, o gigante asiático anunciou que não aumentou suas reservas da commodity no mês passado, gerando incertezas sobre se essa pausa continuará nos próximos meses e se poderá impactar o rali do metal precioso.
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Um relatório divulgado pelo analista do grupo suíço Julius Baer aos clientes e ao mercado nesta segunda-feira, 10, ressaltou que se a China continuar não relatando compras nos próximos meses, isso pode influenciar negativamente o sentimento muito otimista no mercado de ouro, levando mais especuladores a ajustarem suas posições.
Carsten Menke, chefe de pesquisa da próxima geração do Julius Baer, vê essa situação como um “revés temporário”, considerando a forte convicção sobre compras persistentemente fortes por parte dos bancos centrais e uma maior disposição para pagar pelo ouro, impulsionada por fatores políticos e não econômicos.
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O Julius Baer também alerta que a China não foi transparente sobre o tema ou consistente nas compras no passado e, com o aumento das tensões geopolíticas com os Estados Unidos, o Banco Popular da China (PBoC) tende a retomar, em algum momento, o aumento de suas reservas de ouro, visando uma menor dependência do dólar americano.
Às 11h57 (horário de Brasília), os futuros do ouro com vencimento em agosto registraram uma queda de 0,17%, a US$2.321,05.