Brasil pode enfrentar estagflação em 2025, apontam economistas do UBS BB

O Brasil pode enfrentar estagflação em 2025, o PIB deve crescer apenas 1,3%, enquanto a inflação segue elevada e o Banco Central mantém os juros altos. Especialistas alertam para um cenário desafiador para a economia brasileira.
Brasil pode enfrentar estagflação

O Brasil pode enfrentar estagflação em 2025, de acordo com um relatório do UBS BB. O banco projeta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,3% neste ano, abaixo da média do mercado, enquanto a inflação deve continuar acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central.

A estagflação é um cenário econômico desafiador, caracterizado por crescimento estagnado e inflação persistente. Esse fenômeno preocupa economistas porque, geralmente, medidas tradicionais de e fiscal não são eficazes para conter simultaneamente a desaceleração econômica e a alta dos preços.

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Os economistas do UBS BB destacam que, apesar do crescimento superior ao esperado nos últimos anos, a economia brasileira mostra sinais de desaceleração. Dados recentes apontam quedas nas vendas do varejo, na produção industrial e no setor de serviços. Além disso, os índices de confiança do consumidor e empresarial recuaram, indicando maior incerteza sobre o futuro econômico.

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Estímulos fiscais menores e impacto na demanda

O crescimento econômico brasileiro em 2024 foi impulsionado, em parte, pelo pagamento de precatórios, que injetou mais de R$ 100 bilhões no mercado. No entanto, para 2025, esse montante deve cair para aproximadamente R$ 50 bilhões, reduzindo o impacto positivo sobre a demanda interna.

Além disso, o UBS BB aponta que os seguirão elevados, o que pode gerar desconfiança no cenário fiscal e prejudicar privados. Esse fator reforça a tese de que o Brasil pode enfrentar estagflação, já que há um desequilíbrio entre crescimento e inflação.


Brasil pode enfrentar estagflação com juros elevados

Outro fator crítico para a economia brasileira é a política monetária restritiva. Mesmo com sinais de desaceleração, o Banco Central não deve cortar os juros tão cedo, pois a inflação continua pressionada.

O UBS BB prevê que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode elevar a em 100 pontos-base nas próximas reuniões, o que dificultaria ainda mais o crescimento. A curva de juros já reflete essa expectativa, com investidores precificando uma Selic de 17% para o final de 2025.

Com juros mais altos e crédito mais caro, o ambiente de pode ser afetado, levando a uma redução nos investimentos e no consumo. Esse cenário reforça a preocupação de que o Brasil pode enfrentar estagflação nos próximos meses.


Queda nos investimentos e impactos no mercado de trabalho

Outro ponto que preocupa economistas é o investimento produtivo. O UBS BB prevê que o crescimento dos investimentos será de apenas 0,5% em 2025, uma queda significativa em relação aos 7% registrados no ano anterior.

O aumento das taxas de juros reais e a cambial têm reduzido o apetite por investimentos de longo prazo. Além disso, a desvalorização do real frente ao pode impactar ainda mais os setores produtivos e encarecer a importação de insumos.

No mercado de trabalho, os dados também são desanimadores. Em dezembro de 2024, foram criadas apenas 20 mil , muito abaixo da projeção de 90 mil. Esse resultado gerou revisões para baixo nas estimativas de emprego para 2025, o que reforça a possibilidade de um crescimento ainda mais fraco da economia.


Inflação continua acima da meta

O UBS BB também alerta que a inflação deve continuar pressionada. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode se manter acima do teto da meta de 4,5% até março de 2026, dificultando a convergência para a meta de longo prazo de 3%.

Com inflação persistente e crescimento baixo, o cenário de estagflação pode se consolidar, tornando a recuperação econômica ainda mais difícil.


Brasil pode enfrentar estagflação

Diante desse panorama, economistas alertam que o Brasil pode enfrentar estagflação caso não sejam adotadas medidas eficazes para equilibrar crescimento e inflação.

As próximas decisões do Banco Central e a política fiscal do governo serão determinantes para definir os rumos da economia brasileira. Se não houver um ajuste adequado, o país pode entrar em um ciclo prolongado de baixa atividade econômica e inflação elevada.

O mercado segue atento aos desdobramentos dos indicadores econômicos e das ações do governo para evitar um cenário mais grave de estagflação.

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