A queda do Bitcoin na última semana movimentou o mercado global de criptoativos. Enquanto investidores em diversos países venderam seus ativos em meio ao pânico causado por novas tarifas dos EUA, o Brasil foi na contramão e investiu R$ 8,2 milhões (ou US$ 1,4 milhão) em fundos de criptomoedas, segundo relatório da CoinShares.
Essa atitude dos investidores brasileiros contrasta com o cenário global, marcado por US$ 240 milhões em saídas líquidas de fundos cripto até a sexta-feira (4). O Brasil, apesar da queda do Bitcoin, manteve sua sexta colocação global em ativos sob gestão (AuM), com saldo positivo anual de US$ 73 milhões.
🚀 Veja agora as criptos com mais potencial em abril!
Contexto global de pressão vendedora
Enquanto a queda do Bitcoin provocava saídas significativas de capitais nos Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Suécia — com retiradas de US$ 210 milhões, US$ 17,7 milhões, US$ 8,3 milhões e US$ 7,1 milhões, respectivamente — o Brasil surpreendeu o mercado ao adotar uma postura compradora.
As tarifas comerciais impostas por Donald Trump agravaram o clima de aversão ao risco, empurrando os investidores para ativos considerados mais seguros. No entanto, a queda do Bitcoin foi interpretada por muitos brasileiros como uma oportunidade estratégica de entrada, e não como motivo de fuga.
A performance do mercado cripto
Fundos com exposição direta ao Bitcoin registraram forte fluxo de saída. O Grayscale Bitcoin Trust ETF liderou as perdas com saídas líquidas de US$ 95,5 milhões, seguido pelo WisdomTree Bitcoin Fund, Bitwise Bitcoin ETF e Grayscale Ethereum Trust ETF.
Mesmo com a acentuada queda do Bitcoin, o segmento de ações de blockchain registrou entradas líquidas de US$ 8 milhões na semana, demonstrando otimismo entre investidores mais especializados.
📊 Carteira Cripto do BTG atualizada! Baixe grátis!
Brasil reage à queda do Bitcoin com protagonismo
Apesar da tendência de venda, o Brasil manteve seu posicionamento de longo prazo ao reagir à queda do Bitcoin com novos aportes. Outros países que também se destacaram com fluxos positivos foram Canadá (US$ 4,8 milhões), Hong Kong (US$ 800 mil) e Austrália (US$ 600 mil).
A reação brasileira pode ser explicada por fatores como expectativa de valorização futura, diversificação de portfólio e percepção de que a queda do Bitcoin representa mais uma janela de entrada do que um risco de colapso.
ETFs que desafiaram a tendência de baixa
Mesmo em um cenário de queda do Bitcoin, alguns fundos apresentaram saldo positivo. O destaque foi o Grayscale BITCN Mini True ETF, com entradas de US$ 34,3 milhões, seguido por Franklin Bitcoin ETF (US$ 17,4 milhões), 2X Ether ETF (US$ 11,9 milhões), Fidelity Wise Origin Bitcoin (US$ 10,2 milhões) e Neos Bitcoin High Income ETF (US$ 8,6 milhões).
Vale lembrar que, na semana anterior, o Brasil havia retirado R$ 7,5 milhões desses fundos. A mudança repentina para uma postura compradora durante a queda do Bitcoin demonstra um comportamento mais ativo e estratégico dos investidores brasileiros.
Queda do bitcoin vista como oportunidade
A queda do Bitcoin não assustou os investidores brasileiros. Pelo contrário: foi vista como oportunidade. O aporte de R$ 8,2 milhões mostra maturidade e confiança na recuperação do ativo digital mais relevante do mundo.
Diferentemente da reação global, pautada por medo e aversão ao risco, o Brasil se destaca como um dos poucos mercados a ampliar sua exposição a criptoativos durante a baixa. Com isso, reforça sua posição como polo emergente de investimento em criptomoedas em tempos de incerteza.
🔎 As melhores criptos selecionadas por especialistas. Acesse!