Bmg (BMGB4) vale metade dos outros bancos na bolsa com dividendos de 10%, diz executivo

Bmg (BMGB4) negocia a 0,6x P/BV, paga dividendos de 10% e apresenta carteira segura em crédito consignado.
Bmg (BMGB4)

O Bmg (), que estreou na bolsa em 2019 durante a última onda de IPOs, ainda luta para conquistar maior relevância no . Enquanto gigantes como Itaú () e (BBAS3) atraem mais os , o banco mineiro segue buscando espaço, mesmo com indicadores que chamam a atenção.

No acumulado de 2025, as ações do Bmg (BMGB4) registram alta modesta de 4,59%, bem abaixo do desempenho do Ibovespa, que já sobe 20% no ano e renova recordes históricos.

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Apesar disso, segundo o vice-presidente financeiro Flavio Guimarães, os papéis estão sendo negociados a 0,6 vezes o valor patrimonial (P/BV), enquanto oferecem um dividend yield (DY) de 10,5%, considerado um dos maiores do setor bancário listado na B3.


Bmg (BMGB4) se destaca nos dividendos

Em palestra no AGF Day, evento organizado pela família Barsi, Guimarães destacou que o banco mantém uma consistente de distribuição de proventos.

“Pagamos dividendos trimestralmente e, portanto, todo ano os acionistas recebem proventos com regularidade”, afirmou.

Confira a comparação apresentada pelo executivo:

Banco/Setor ROE P/BV DY
Banco Bmg (BMGB4) 14,3% 0,6x 10,5%
Bancos Médios listados 15,9% 1,3x 5,4%
Bancos listados em geral 16,8% 1,2x 7,3%

Embora o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) seja levemente inferior à média do setor, o Bmg compensa com valuation atrativo e um dos dividendos mais robustos da bolsa.


Estratégia conservadora e crédito consignado

O grande diferencial do Bmg (BMGB4) está em sua carteira de . De acordo com Guimarães, 70% das operações são consignadas, sendo que 90% desse montante está vinculado a aposentados e pensionistas do INSS.

Esse perfil de cliente reduz o risco de inadimplência, uma vez que os pagamentos são descontados diretamente em folha.

No segundo trimestre de 2025, a carteira de crédito atingiu R$ 24,7 bilhões, com alta de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O índice de inadimplência acima de 90 dias caiu para 3,8%, uma redução de 0,8 ponto percentual frente a 2024.


Estrutura enxuta e resultado financeiro

Outro ponto levantado pelo executivo é o modelo de negócios mais leve, sem a dependência de uma grande rede de agências físicas.

“Se amanhã todos os clientes decidirem usar apenas o aplicativo, nossa estrutura física não representa um custo pesado. Diferente de grandes bancos, não precisamos desmobilizar centenas de agências”, destacou Guimarães.

Esse formato enxuto ajuda a controlar despesas e sustentar margens operacionais mesmo em cenários de menor expansão de crédito.

No 2º trimestre, o líquido recorrente do Bmg somou R$ 125 milhões, alta de 19% em relação a 2024.

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