O Banco do Brasil ultrapassou R$ 6 bilhões em concessões no crédito consignado privado, por meio do programa Crédito do Trabalhador. Lançado em março, o programa já viabilizou cerca de 600 mil contratos com valor médio de R$ 10,1 mil por operação.
Segundo a presidente do BB, Tarciana Medeiros, o desempenho reflete o compromisso da instituição em oferecer crédito com responsabilidade, ajudando a reduzir o endividamento das famílias e a estimular o consumo.
Crescimento acelerado em julho
Somente em julho, o volume de concessões cresceu 60%. O BB foi o primeiro banco a atingir a marca de R$ 6 bilhões na nova modalidade. A maior parte do crédito tem sido usada para quitar dívidas mais caras, como empréstimos pessoais e cartão de crédito.
Como funciona o Crédito do Trabalhador
O programa permite que trabalhadores com carteira assinada substituam dívidas com juros altos por um crédito consignado com taxas mais acessíveis. O processo funciona de forma simples:
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O trabalhador autoriza o compartilhamento de seus dados no aplicativo Carteira de Trabalho Digital;
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Em até 24 horas, os bancos habilitados enviam ofertas;
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O trabalhador escolhe a melhor proposta e a nova instituição quita a dívida antiga.
As parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamento, com limite de até 35% da renda mensal.
Portabilidade para reduzir juros
A partir de 16 de maio, trabalhadores podem portar seus empréstimos pessoais para bancos que ofereçam o Crédito do Trabalhador. A troca pode reduzir os juros pela metade, passando de taxas acima de 8% ao mês para cerca de 3% ou menos, segundo o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
“A medida ajuda a aliviar o orçamento das famílias e cria uma concorrência entre bancos, que passam a oferecer melhores condições para manter o cliente”, explicou Marinho.
Resultados nacionais do programa
Até o momento, o Crédito do Trabalhador movimentou mais de R$ 11,4 bilhões, beneficiando mais de 2 milhões de trabalhadores. A média por contrato é de R$ 5.383, com parcelas de R$ 316, em prazo médio de 17 meses.
Os estados com maior volume de contratações são:
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São Paulo: R$ 3 bilhões
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Minas Gerais: R$ 960,8 milhões
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Rio de Janeiro: R$ 940,5 milhões
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Paraná: R$ 769,3 milhões
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Rio Grande do Sul: R$ 760,8 milhões
Atualmente, o programa conta com 39 instituições financeiras operando ativamente, dentro de um universo de mais de 70 habilitadas.
Inclusão e impacto social
Criado em março de 2025, o Crédito do Trabalhador busca ampliar o acesso ao crédito para empregados celetistas, domésticos, rurais, empregados de MEI e diretores com direito ao FGTS. A expectativa é atingir 25 milhões de trabalhadores com carteira assinada até 2029.
Com taxas mais baixas, o programa favorece a educação financeira da população e contribui para a recuperação da economia, ao reduzir o peso das dívidas nas famílias brasileiras.