Banco do Brasil (BBAS3): Safra calcula retorno de dividendos e diz se ação vale a pena

O Banco do Brasil (BBAS3) reduziu dividendos e viu queda de 17% no ano. Safra cortou preço-alvo e avaliou se a ação ainda vale a pena. Veja a análise.
Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do (BBAS3), que há anos figura entre as ações preferidas dos pessoa física, vive um momento de maior pressão no mercado. Depois de acumular uma queda de 17% no ano, os papéis enfrentam a combinação de resultados abaixo do esperado e mudanças na política de .

No segundo trimestre de 2025, o banco reportou um ROE (retorno sobre patrimônio líquido) de apenas 8,4%, bem abaixo da média histórica do setor. Além disso, reduziu o de dividendos de 40% para 30%, movimento que desagradou investidores em busca de maior previsibilidade e fluxo de caixa.

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Diante desse cenário, o Banco revisou suas estimativas para BBAS3. O preço-alvo foi cortado de R$ 26 para R$ 23, o que representa um potencial de valorização de 16%. Ainda assim, a recomendação se mantém neutra, refletindo a visão cautelosa sobre os desafios no curto prazo.

Dividendos mais magros

Segundo o relatório do Safra, o distribuível do Banco do Brasil (BBAS3) é cerca de 5% menor do que o lucro contábil e até R$ 3 bilhões abaixo do lucro ajustado, em função de provisões ligadas a processos de planos econômicos. Isso significa que, na prática, os múltiplos ficam menos atrativos do que aparentam.

Com base no lucro ajustado, o banco negocia a um P/L (preço sobre lucro) de 5x em 2025, com yield estimado de 6%. No entanto, recalculando pelos números distribuíveis, o múltiplo sobe para 6x e o dividend yield efetivo cai para cerca de 5%.

Outro ponto de atenção é que, como o BB já distribuiu 35% do lucro no primeiro semestre, a convergência para o payout anual de 30% implica em apenas 25% de distribuição no segundo semestre. Assim, o retorno em dividendos pode ser ainda mais modesto do que muitos investidores esperavam.

Perspectivas

Apesar da correção nos preços e da avaliação de que as ações do Banco do Brasil (BBAS3) parecem baratas em termos de múltiplos, o Safra alerta para riscos relevantes. O principal é a exposição ao do agronegócio, segmento que enfrenta inadimplência recorde e pressiona os resultados do banco.

Além disso, o ambiente macroeconômico adverso, marcado por tensões políticas e diplomáticas, adiciona mais volatilidade ao papel. Nesse contexto, o corte de dividendos foi interpretado como um sinal de que a administração busca preservar capital e manter a solidez da instituição diante de um cenário desafiador.

O próximo grande teste para os investidores será em 11 de dezembro de 2025, quando está programado o pagamento integral dos dividendos referentes ao terceiro trimestre. Até lá, o mercado seguirá atento à evolução do crédito agrícola e ao desempenho do banco frente às pressões do .

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