Nesta segunda-feira, o Banco Central da China decidiu manter inalterada uma importante taxa de juros, como amplamente previsto. A medida ocorreu durante a renovação de empréstimos de médio prazo e retirada de fundos do sistema bancário por meio de instrumentos de títulos.
A decisão de manter a taxa de empréstimo de médio prazo (MLF) reflete o compromisso do banco central em preservar a estabilidade monetária, em meio a uma recuperação econômica volátil, e em dissipar as expectativas do mercado sobre o momento do primeiro corte de juros pelo Federal Reserve dos Estados Unidos este ano.
Os indicadores recentes, como a desaceleração da inflação, o crescimento mais lento do crédito e a queda das exportações em março, sugerem a necessidade de estímulos adicionais para impulsionar a economia chinesa, afirmam analistas.
Contudo, o enfraquecimento do yuan frente ao dólar e os diferenciais de rendimento em relação a outras economias importantes têm limitado os esforços de flexibilização monetária das autoridades.
Além disso, a taxa MLF serve como referência para as taxas primárias de empréstimo (LPRs), sendo amplamente utilizada pelos mercados como um indicador de mudança nas taxas de referência de empréstimos.
O Banco Popular da China (PBOC) anunciou que manterá a taxa sobre 100 bilhões de iuanes (aproximadamente 13,82 bilhões de dólares) em empréstimos MLF de um ano para algumas instituições financeiras em 2,50%.
Uma pesquisa da Reuters com 31 analistas de mercado indicou que todos esperavam que o banco central deixasse a taxa inalterada.
Com 170 bilhões de iuanes em empréstimos MLF vencendo neste mês, a operação resultou em uma retirada líquida de 70 bilhões de iuanes de fundos do sistema bancário.