A TIM (TIMS3) divulgou seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre de 2023, revelando um lucro líquido normalizado de R$ 724 milhões, representando um aumento de 53% em comparação com o mesmo período de 2022. Esse crescimento no lucro da TIM no terceiro trimestre de 2023 é atribuído ao aumento na receita de serviços, juntamente com a eficaz gestão dos custos. Além disso, a TIM também obteve melhorias na linha de depreciação e amortização devido a uma revisão na estimativa de vida útil dos ativos adquiridos da Oi (OIBR3).
O Ebitda normalizado da TIM (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 3,011 bilhões, representando um crescimento de 11,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda aumentou 1,7 ponto percentual, alcançando 49,7%.
É importante destacar que o termo “normalizado” exclui diversos itens considerados não recorrentes que afetam a receita e os custos da TIM.
A receita líquida da TIM atingiu R$ 6,055 bilhões, registrando um crescimento de 7,9%. A receita proveniente dos serviços móveis da TIM cresceu 7,7%, impulsionada pelo aumento no número de clientes, ajustes de preços e migração de consumidores para planos de maior valor agregado. Além disso, a receita dos serviços fixos da TIM teve um aumento de 4,5%, impulsionada pela expansão da base de assinantes de banda larga.
Confira o calendário de resultados 3T2023.
Os custos de operação alcançaram R$ 3,045 bilhões, representando um aumento de 4,5%, porém, esse aumento ficou abaixo da taxa de inflação no período.
A linha de depreciação e amortização teve um valor negativo de R$ 1,755 bilhão, o que representa uma redução de 6,6% em comparação com o ano anterior.
O resultado financeiro, que é o saldo entre receitas e despesas financeiras, gerou uma despesa de R$ 406 milhões, o que representa um aumento de 1,1%.
Veja o guia de resultados 3T2023.
A despesa com imposto de renda e contribuição social da TIM atingiu R$ 97 milhões, em contraste com um crédito de R$ 88 milhões apurado no mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, acionistas minoritários do Grupo TIM, que anteriormente era conhecido como Telecom Italia e detém a TIM Brasil (TIMS3), enviaram uma carta ao Conselho de Administração da empresa brasileira pedindo uma mudança significativa nos planos de reestruturação da companhia. Isso ocorre em virtude da necessidade de resolver uma dívida de 26 bilhões de euros.
Os acionistas minoritários sugerem a venda da TIM no Brasil como uma forma de angariar recursos e alinhar as finanças da companhia. Os principais proponentes desse pedido são as gestoras Merlyn Advisors e RN Capital Partners, com sede em Londres e Milão, respectivamente. Ambas as gestoras detêm uma participação inferior a 3% nas ações da empresa brasileira por meio de seus fundos.
Entre as demandas apresentadas, além da venda das operações no Brasil, os acionistas minoritários buscam a substituição do atual CEO do grupo, Pietro Labriola, que já havia sido CEO da empresa de telefonia no Brasil.