O déficit comercial dos Estados Unidos registrou um aumento significativo em janeiro, impulsionado por um salto nas importações de bens, levantando preocupações sobre seu impacto no crescimento econômico do trimestre.
De acordo com dados divulgados pelo Bureau de Análise Econômica do Departamento de Comércio na quinta-feira, o déficit comercial subiu 5,1% para US$ 67,4 bilhões. Os números de novembro foram revisados, revelando um déficit maior do que o relatado anteriormente, atingindo US$ 64,2 bilhões em vez dos US$ 62,2 bilhões divulgados inicialmente. No entanto, o déficit comercial total em 2023 diminuiu para US$ 779,8 bilhões, em comparação com US$ 951,2 bilhões em 2022.
Este déficit representou 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo dos 3,7% registrados em 2022. As atividades comerciais contribuíram com 0,32 ponto percentual para o crescimento anualizado de 3,2% da economia no quarto trimestre, após permanecerem neutras nos dois trimestres anteriores. As projeções de crescimento para o primeiro trimestre estão se estabilizando em torno de 2,0%.
As importações aumentaram 1,1% em janeiro, totalizando US$ 324,6 bilhões, com destaque para o aumento de 1,2% nas importações de bens, que atingiram US$ 263,4 bilhões.
Dentre as importações de bens, as de equipamentos e peças de veículos automotivos alcançaram níveis recordes, sinalizando um possível aumento nos investimentos empresariais em equipamentos. As importações de serviços também registraram um aumento, atingindo US$ 61,3 bilhões, o maior valor da história.
Por outro lado, as exportações tiveram um crescimento modesto de 0,1%, totalizando US$ 257,2 bilhões em janeiro. As exportações de bens também aumentaram 0,1%, alcançando US$ 171,8 bilhões. Embora as exportações de bens de capital tenham atingido níveis recordes, foram parcialmente compensadas por uma queda de US$ 1,4 bilhão nas exportações de petróleo bruto. As exportações de serviços aumentaram US$ 0,2 bilhão, atingindo US$ 85,4 bilhões, também um recorde.