A atividade empresarial na zona do euro encolheu no ritmo mais rápido em dois anos em julho, à medida que a demanda no setor de serviços dominante do bloco diminuiu e a produção industrial caiu no ritmo mais rápido desde o início da pandemia de COVID-19.
O Índice de Gerentes de Compras Composto (PMI) para a zona do euro caiu para 48,9 em julho, de 50,0 em junho, abaixo da expectativa de uma queda para 49,9 em uma pesquisa da Reuters. Um índice abaixo de 50 indica contração.
O declínio foi generalizado, com as duas maiores economias da zona do euro – Alemanha e França – ambas em território de contração.
A pesquisa também indicou que a campanha sustentada do Banco Central Europeu de aumentos de juros está começando a pesar sobre os consumidores e a prejudicar o setor de serviços.
O BCE se reunirá na quinta-feira e é amplamente esperado que aumente as taxas de juros pela primeira vez em 11 anos, em uma tentativa de combater a inflação recorde.
No entanto, a pesquisa sugere que o BCE pode precisar ser mais cuidadoso ao aumentar as taxas, pois isso pode piorar as condições econômicas.
“A leitura de hoje confirma que a deterioração das condições macroeconômicas está em andamento e se espalhando da manufatura para outros setores”, disse Paolo Grignani, economista da Oxford Economics.
“Em nosso cenário base, esperamos um crescimento fraco para a segunda metade do ano, mas os dados de hoje sugerem que o risco de uma pequena contração do PIB da zona do euro no terceiro trimestre está aumentando.”
O declínio da atividade empresarial na zona do euro é um sinal de alerta para a economia global, que já está enfrentando uma série de desafios, incluindo a guerra na Ucrânia e os lockdowns na China.
Se a zona do euro entrar em recessão, isso terá um impacto negativo na economia global.