As atas das 263ª e 264ª reuniões do Copom revelam um cenário externo adverso e um contexto doméstico dinâmico. A política monetária foi mantida inalterada, com a taxa Selic fixada em 10,50%, refletindo a cautela necessária para enfrentar a incerteza global e a resiliência da atividade econômica interna.
Cenário Externo e Doméstico
Cenário Externo: O ambiente externo permaneceu adverso, marcado pela incerteza em relação à flexibilização da política monetária nos EUA e à volatilidade nos mercados de trabalho das principais economias. Os bancos centrais continuam focados em convergir a inflação para suas metas, exigindo cautela dos países emergentes. A menor sincronia nos ciclos de queda de juros contribuiu para a volatilidade nos mercados financeiros e para a aversão ao risco.
Cenário Doméstico: No Brasil, os indicadores de atividade econômica e mercado de trabalho mostraram dinamismo maior do que o esperado. A inflação ao consumidor, medida pelo IPCA, tem apresentado trajetória de desinflação, mas as expectativas de inflação para 2024 e 2025 ainda estão acima das metas. O cenário interno é desafiador, exigindo cautela na condução da política monetária.
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Projeções e Cenários de Inflação
Projeções: As projeções de inflação do Copom situam-se em 4,0% para 2024 e 3,4% para 2025 no cenário de referência, e em 4,2% para 2024 e 3,4% para 2025 no cenário alternativo. Ambas as projeções apontam para uma inflação acima da meta de 3% ao longo do horizonte relevante.
Cenários: O Comitê analisou dois cenários: um de referência, com trajetória de taxa de juros extraída da pesquisa Focus, e um alternativo, com taxa de juros constante ao longo do horizonte relevante. Em ambos, há um processo de desinflação, mas a projeção para o horizonte relevante está acima da meta de inflação.
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Política Monetária e Decisões
Decisão de Manutenção da Selic: O Copom decidiu manter a taxa Selic em 10,50%, considerando a evolução do processo de desinflação, o cenário de projeções e o balanço de riscos. A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente para consolidar o processo de desinflação e ancorar as expectativas inflacionárias em torno das metas.
Discussão: O Comitê debateu sobre a taxa neutra de juros e concluiu pela necessidade de uma política monetária mais contracionista. O cenário externo adverso e a resiliência da atividade econômica doméstica justificaram a manutenção da taxa de juros em um nível elevado. O Comitê destacou a importância da reancoragem das expectativas de inflação e a continuidade do monitoramento diligente dos condicionantes da inflação.
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Balanço de Riscos
Riscos de Alta: Os principais riscos de alta para a inflação incluem a persistência das pressões inflacionárias globais, a resiliência da inflação de serviços e uma taxa de câmbio mais depreciada.
Riscos de Baixa: Os riscos de baixa incluem uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada e impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global.
Conclusão do Comitê: O cenário prospectivo de inflação tornou-se mais desafiador, com a elevação das projeções de médio prazo. O Comitê enfatizou a necessidade de maior cautela e vigilância, sem se comprometer com estratégias futuras, mas mantendo o compromisso com a convergência da inflação à meta.
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