A arrecadação e aumento do IOF marcaram um recorde histórico em junho, com R$ 234,5 bilhões arrecadados, impulsionando o desempenho fiscal do governo. Conheça os detalhes desse crescimento e as principais medidas tributárias que influenciaram esse resultado.
Arrecadação recorde em junho impulsionada pelo aumento do IOF e tributos
Em junho, a arrecadação federal bateu recorde histórico, somando R$ 234,5 bilhões. Este valor representa um aumento real de 6,6% frente a junho do ano passado. O principal destaque foi o crescimento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que arrecadou R$ 8,02 bilhões, um salto real de 38,83%. Esse aumento ocorreu especialmente por operações de saída de moeda estrangeira e crédito para empresas.
Além do IOF, outros tributos contribuíram para a alta na arrecadação neste ano. Entre eles estão a tributação sobre fundos exclusivos, os chamados “offshores”, a retomada da cobrança sobre combustíveis e a taxação das apostas (bets). Essa política de ajustes tributários faz parte da estratégia do governo para melhorar as contas públicas e buscar o equilíbrio fiscal.
No primeiro semestre, a soma da arrecadação chegou a R$ 1,42 trilhão, ou R$ 1,44 trilhão corrigidos pela inflação, um aumento real de 4,4% sobre o mesmo período em 2023. O governo pretende usar esses ganhos para reduzir o déficit fiscal e atingir as metas fiscais previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.
Além das mudanças do IOF, foram anunciadas elevações nas alíquotas de tributos em setores específicos, como o aumento da alíquota sobre apostas de 12% para 18%, elevação da taxa sobre juros sobre capital próprio de 15% para 20% e tributação de investimentos em títulos incentivados. Essa ação faz parte do esforço para ampliar a receita tributária sem aumentar a carga geral de impostos.
Outra novidade importante é a atualização das regras para tributação de criptoativos e fintechs. Empresas de tecnologia financeira, que antes pagavam 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), passarão a ser tributadas com alíquotas entre 15% e 20%, equiparando-se ao sistema financeiro tradicional.
Esses ajustes refletem a busca do governo por maior equilíbrio nas contas públicas, promovendo uma arrecadação mais robusta e diversificada. O resultado recorde de junho é um sinal do impacto dessas medidas, que devem permanecer no foco das estratégias fiscais nos próximos anos.