Com base em dados oficiais do INDEC, a Argentina alcançou um crescimento de 5,8% do PIB no primeiro trimestre — superando a China, que cresceu apenas 5,4% no mesmo período. Esse feito marca um momento significativo na trajetória econômica do país sul-americano.
Como a Argentina superou a China
Dois pilares sustentam esse desempenho expressivo:
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O consumo privado subiu 11,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024, atingindo níveis históricos. Esse aumento supera até os números do trimestre anterior, indicando uma demanda interna forte e consistente.
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Os investimentos dispararam quase 32%, evidenciando a confiança retornando aos mercados argentinos, tanto internos quanto externos.
Além disso, as exportações cresceram 7,2%, alcançando o nível mais alto já registrado para o primeiro trimestre da história do país. Foi o terceiro maior valor já atingido e um importante indicador de recuperação nas vendas internacionais.
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O que está por trás desses resultados?
O ministro da Economia, Luis “Toto” Caputo, atribui os sucessos à combinação de estabilidade fiscal e crescimento:
“Sem medidas de emergência, sem calotes, sem descumprimento de contratos e com um Banco Central bem capitalizado.”
A desinflação também teve papel central. A inflação de maio caiu para apenas 1,5% — a menor desde maio de 2020 — em meio a uma política monetária rigorosa, sem sacrificar o consumo ou os investimentos.
O papel das reformas de Javier Milei
As medidas implementadas pelo governo Milei foram decisivas para a virada:
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Austeridade e desregulamentação: redução de gastos, privatizações e simplificação regulatória mantiveram a trajetória de crescimento sem excessos fiscais.
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Reforma cambial: flexibilização dos controles cambiais, eliminando barreiras que restringiam a economia internacional e atraindo investimentos externos.
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Foco em confiança e solidez institucional: estrutura fiscal equilibrada e manutenção de contratos e pagamentos reforçaram a atratividade ao capital privado.
Comparativo global
Enquanto Argentina supera a China em termos de ritmo de crescimento recente, vale notar que o contexto de partida era diferente. A economia argentina vinha de recessão e inflação elevada, o que torna a retomada mais abrupta. Já a China apresentou expansão mais moderada, vista como normal para uma economia já madura.
Ainda assim, “superar a China” hoje – ainda que momentaneamente – é um fato simbólico que fortalece o discurso de recuperação e dá credibilidade ao projeto econômico liderado por Milei.
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