A argentina sofre queda drástica na produção industrial de 21,2% em março em comparação com o ano anterior, conforme relatado pelo INDEC nesta quarta-feira. Esta é a maior queda desde o pico da pandemia de COVID-19. Enquanto isso, o presidente libertário Javier Milei promove agressivas medidas de austeridade.
O novo governo, que herdou uma crise econômica com inflação de três dígitos em dezembro, busca estabilizar as finanças do país e evitar uma recessão profunda. O programa de austeridade de Milei, apelidado de “motosserra”, resultou em raros superávits fiscais no início do ano, mas a economia está sofrendo, com queda acentuada no consumo, na construção e na indústria.
A Argentina agora enfrenta o desafio de reativar sua economia para evitar uma queda nos rendimentos reais, aumento da pobreza e agitação social, além de atrair investimentos. De acordo com o INDEC, a fabricação de móveis caiu mais de 40% no mês, eletrônicos e ferramentas quase 43%, enquanto produtos de metal e maquinário caíram quase 33%.
A queda mensal é a mais severa desde o colapso de 26,2% em maio de 2020, durante as restrições da pandemia de coronavírus. O relatório mais recente do INDEC revela que a produção industrial caiu 6,3% em março em relação ao mês anterior e quase 15% no primeiro trimestre de 2024 comparado ao mesmo período de 2023.