A aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caiu para 39%, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (8) pela revista The Economist em parceria com o YouGov. A desaprovação subiu para 56%, consolidando o menor nível de popularidade do republicano desde o início de seu segundo mandato.
O levantamento, realizado entre os dias 4 e 6 de outubro com 1.648 adultos, mostra um cenário de desgaste político em meio ao shutdown — a paralisação parcial do governo federal por falta de acordo orçamentário no Congresso. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Grupos mais insatisfeitos
A pesquisa revela que Trump enfrenta recordes de rejeição entre grupos importantes do eleitorado. Entre as mulheres, apenas 33% aprovam o governo, enquanto 61% desaprovam. O índice de aprovação é ainda menor entre afro-americanos e negros, com apenas 10% de apoio. Entre hispânicos, 25% aprovam e 71% desaprovam.
Esses resultados indicam perda de apoio fora da base mais conservadora do presidente, especialmente em um momento de crise institucional.
Quem é o responsável pelo impasse?
A população está dividida quanto à responsabilidade pela paralisação do governo: 41% culpam Trump e os republicanos, 30% responsabilizam os democratas, e 23% apontam ambos. Apenas 33% aprovam a forma como o presidente tem conduzido o impasse, enquanto 54% desaprovam.
Em relação à melhor saída para o shutdown, 63% dos entrevistados defendem que o Congresso busque um acordo para encerrar o bloqueio, enquanto 37% preferem que os legisladores mantenham suas posições políticas, mesmo que isso prolongue a crise.
Impactos do shutdown e economia
O fechamento parcial do governo já afeta serviços públicos e servidores. Cerca de 12% dizem ser “muito afetados”, 28% “um pouco” e 30% afirmam não sentir impacto.
A economia é a principal preocupação: 55% acreditam que o shutdown reduz a credibilidade de Trump em relação ao ex-presidente Joe Biden, citado por 24% como mais confiável na condução da política econômica.
Analistas políticos afirmam que o episódio representa um teste de liderança para Trump. Se o impasse persistir, pode agravar a instabilidade econômica e minar ainda mais sua popularidade às vésperas de um novo ciclo eleitoral.
