Após registrar um aumento de 1,6% em dezembro de 2023 (ajustado de 1,1%), a produção industrial apresentou uma queda de 1,6% no primeiro mês deste ano, conforme esperado pelo consenso de mercado. Este declínio segue uma sequência de cinco meses de estabilidade ou crescimento. Apesar da queda mensal significativa, houve um aumento anual de 3,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, em contraste com o aumento de 1,0% registrado na última análise.
A redução acentuada na produção industrial foi impulsionada tanto pela indústria extrativa (-6,3%) quanto pela indústria de transformação (-0,3%). Esta última foi influenciada pela queda na produção de bens intermediários (-2,4%) e de bens de consumo (-1,5%), mas compensada em parte pelo aumento substancial na produção de bens de capital (5,2%).
Esses resultados deixam uma contribuição estatística negativa de -0,4% para o primeiro trimestre do ano e uma contribuição positiva de 0,7% para o ano como um todo.
Principais pontos: A queda significativa na produção industrial em janeiro, devido tanto à indústria de transformação quanto à indústria extrativa, reflete uma reversão das altas anteriores e deve ser interpretada com certo grau de normalidade. Embora a indústria tenha se mantido estável em 2023, espera-se um aumento do crescimento em 2024, impulsionado por fatores como condições financeiras mais favoráveis devido ao relaxamento monetário, a recuperação nos investimentos já observada no PIB do último trimestre e um mercado de trabalho robusto.