O Republic First Bank, sediado na Filadélfia, ruiu oficialmente e foi tomado por reguladores. Esse é um péssimo sinal para a saúde financeira dos Estados Unidos, sendo a primeira quebra de banco do ano.
Analistas temem que a queda do RFB seja apenas a ponta do iceberg, podendo indicar fragilidades sistêmicas no setor bancário americano. Em comunicado, a FDIC (equivalente à Fundo Garantidor de Depósitos brasileiro) anunciou o fechamento do banco pela regulação da Pensilvânia.
“Para proteger os correntistas, a FDIC entrou em um acordo com o Fulton Bank para assumir a maior parte dos depósitos e ativos do Republic Bank”, disse a FDIC em tom defensivo. Apesar da tentativa de tranquilizar a população, o clima é de pessimismo.
Essa medida emergencial indica fragilidade no Republic First Bank, que detinha cerca de US$ 6 bilhões em ativos e US$ 4 bilhões em depósitos. É importante lembrar que a última quebra de banco nos EUA havia sido em novembro de 2023, do Citizens Bank. A frequência crescente desses colapsos é motivo de grande preocupação.
Enquanto a FDIC tenta amenizar o impacto, correntistas do banco fechado podem enfrentar transtornos até a transição para o Fulton Bank. Apesar das garantias, o temor pela segurança do dinheiro depositado paira sobre o mercado.
Especialistas alertam que a quebra do Republic First Bank pode desencadear um efeito dominó, com outras instituições financeiras fragilizadas sofrendo o mesmo destino. Esse cenário pessimista corrobora a crise que se abate sobre o sistema financeiro norte-americano.
Relembre as quebras de bancos em 2023
O ano de 2023 foi marcado por eventos preocupantes no setor bancário dos Estados Unidos, com quatro quebras de bancos regionais entre março e maio:
- 10 de março: O Silicon Valley Bank, 16º maior banco dos EUA e focado em startups de tecnologia, sucumbiu à pressão do aumento das taxas de juros e à inadimplência em seu portfólio de crédito.
- 17 de março: O Signature Bank, especializado em atender empresas de criptomoedas, também entrou em colapso, evidenciando os riscos do mercado volátil de criptoativos.
- 31 de março: O Silvergate Bank, outro banco ligado ao universo das criptomoedas, seguiu o mesmo destino, ampliando as preocupações com o setor.
- 1º de maio: O First Republic Bank, com sede na Califórnia e ativos de US$ 6 bilhões, fechou suas portas, em um golpe ainda mais forte para a confiança no sistema financeiro.