O equilíbrio entre oferta e estoque de petróleo está se mantendo firme, apoiado pela política de compensação da OPEP e pelo vigor econômico dos Estados Unidos. A OPEP reiterou seu compromisso em manter o controle da oferta, com o objetivo de sustentar os níveis de preço do barril, e essa estratégia continua a influenciar o mercado.
Paralelamente, a robustez da economia dos Estados Unidos e a consequente diminuição de seus estoques de petróleo têm contribuído para um cenário otimista em relação a essa commodity, ampliando as perspectivas positivas.
No contexto do minério de ferro, os indicadores recentes da atividade econômica chinesa têm desapontado, exercendo uma influência mais significativa nos preços do que as intenções de estímulo por parte do governo chinês. Além disso, preocupações surgiram em relação à crise de dívida na construtora Country Garden e seu possível impacto no mercado imobiliário chinês. A queda nas vendas de novos imóveis também eleva a preocupação.
Apesar de um cenário global favorável à produção, ajustes negativos foram realizados nas estimativas de produção e produtividade das lavouras de milho e soja nos Estados Unidos. Ainda que as tensões climáticas no Centro-Oeste americano tenham diminuído durante julho e início de agosto, projeções para a próxima safra foram revisadas para baixo. Nas arenas de futuros, as cotações de milho e soja retrocederam após o episódio de ‘short-squeeze’ gerado pelo recente ataque russo à infraestrutura de escoamento de grãos na Ucrânia.
No contexto interno da produção de grãos, espera-se outra safra abundante para o ciclo 2023/24. Entretanto, é relevante observar o atraso na colheita da safrinha e os desafios que os produtores enfrentam para comercializar suas safras, devido à pressão nas cotações e à limitação de capacidade de estocagem. No setor pecuário, a alta oferta encontra uma demanda enfraquecida, moldando o panorama predominante.