O Brasil consolidou sua posição como um dos países com maior adoção de criptomoedas no mundo. De acordo com um novo relatório da Chainalysis, divulgado nesta quarta-feira (3), o país ocupa a quinta colocação no ranking global que avalia a penetração e o uso de ativos digitais. O estudo confirma que o mercado brasileiro segue como um dos protagonistas no cenário internacional de criptoativos.
O levantamento da Chainalysis é um dos mais respeitados do setor e combina quatro indicadores para avaliar a adoção de criptomoedas. Os critérios incluem:
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Atividade de usuários em corretoras centralizadas;
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Participação no mercado de finanças descentralizadas (DeFi);
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Movimentação institucional;
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Volume de transações no varejo.
O Brasil aparece em quinto lugar em todos os sub-rankings, o que demonstra um equilíbrio entre investidores de varejo, instituições e entusiastas da tecnologia blockchain.
Índia e Estados Unidos lideram o ranking
A grande novidade deste ano é a liderança da Índia, que aparece em primeiro lugar em todos os indicadores. O país asiático desbancou os Estados Unidos, que agora figura na segunda posição. O Paquistão, o Vietnã e o Brasil completam o top 5, reforçando o papel crescente do Sul Global no avanço do mercado cripto.
O top 10 da adoção global de criptomoedas também inclui países como Nigéria, Indonésia, Ucrânia, Filipinas e Rússia. Já o top 20 abrange economias relevantes como o Reino Unido, Argentina, Turquia e Coreia do Sul.
Na América Latina, o Brasil lidera com folga, seguido por Venezuela e Argentina. Nesses países, a volatilidade econômica e a desvalorização das moedas locais têm levado muitos investidores a buscar alternativas de proteção patrimonial nas criptomoedas.
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Adoção de criptomoedas cresce 69% na Ásia-Pacífico
O relatório também revelou dados regionais sobre o crescimento da adoção de criptomoedas. A região da Ásia-Pacífico registrou o maior avanço no período de 12 meses encerrado em junho de 2025, com uma alta de 69% no volume de transações, que saltaram de US$ 1,4 trilhão para US$ 2,36 trilhões. A Índia, o Vietnã e o Paquistão foram os principais responsáveis por essa expansão.
A América Latina aparece logo atrás, com crescimento de 63%, impulsionada por maior participação de investidores institucionais e varejistas. A região da África Subsaariana também apresentou desempenho expressivo, com alta de 52%, refletindo o uso diário de criptoativos para remessas e pagamentos locais.
Apesar do crescimento percentual nas regiões emergentes, os maiores mercados ainda são os da América do Norte (US$ 2,2 trilhões) e da Europa (US$ 2,6 trilhões), segundo a Chainalysis.
Bitcoin e stablecoins lideram preferência dos investidores
O relatório destaca que o bitcoin (BTC) segue como a principal porta de entrada para novos investidores. Na sequência, surgem criptomoedas com blockchains próprios e, cada vez mais, as stablecoins, que ganham popularidade por estarem atreladas a moedas fiduciárias como o dólar.
Segundo a Chainalysis, o uso de stablecoins está crescendo especialmente entre empresas e consumidores que buscam proteção contra a inflação ou meios mais baratos e rápidos para enviar e receber dinheiro.
Conclusão: Brasil como potência cripto em ascensão
A presença do Brasil entre os cinco países com maior adoção de criptomoedas no mundo reforça a maturidade do mercado local. Com regulamentações em desenvolvimento, grande volume de investidores e crescente interesse institucional, o país segue como referência na transformação digital financeira.
O relatório da Chainalysis também destaca que o futuro das criptomoedas parece estar cada vez mais ligado aos países do Sul Global, onde a inovação tecnológica se encontra com a necessidade de soluções financeiras mais acessíveis e eficientes.