As ações da Suzano (SUZB3), avançaram 5,21% nesta quinta-feira (7), impulsionadas pela divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25), que apresentaram lucro líquido significativo e perspectivas otimistas para a empresa e investidores.
Resultados da Suzano no 2T25 e impacto no mercado
A Suzano divulgou resultados sólidos no segundo trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 5 bilhões. As ações da Suzano (SUZB3) reagiram positivamente, registrando alta de 5,21% durante o pregão. O desempenho superou as expectativas dos analistas, com o Ebitda ajustado atingindo R$ 6,1 bilhões, 4,2% acima da estimativa.
Além disso, a geração de fluxo de caixa livre (FCF) foi de R$ 2,6 bilhões, também superando previsões em 8,3%. Esses números indicam uma operação eficiente e sustentável, reforçando a confiança do mercado na empresa.
O CEO Beto Abreu comentou que a empresa realizou um corte de 3,5% na produção para os próximos 12 meses. O objetivo é aumentar o retorno sobre cada tonelada produzida, focando em resultados positivos e consistentes.
Apesar do aumento do Capex para R$ 13,3 bilhões, um crescimento de 7% sobre a previsão anterior, a Suzano mantém uma estratégia firme de desalavancagem. A relação Dívida Líquida/Ebitda deve chegar a 2,5 vezes nos próximos trimestres, segundo o vice-presidente financeiro Marcos Assumpção.
Esses resultados foram bem recebidos pelos investidores, que veem na Suzano uma companhia sólida e preparada para enfrentar desafios globais, como as negociações de tarifas nos Estados Unidos. A recomendação de compra da Genial traz um potencial de valorização de 23% para as ações SUZB3, com preço-alvo de R$ 63,50.
Estratégias da Suzano, investimentos e projeções financeiras
A Suzano planeja reduzir sua produção em 3,5% nos próximos 12 meses para garantir maior retorno por tonelada de celulose. Essa é uma estratégia para tornar as operações mais rentáveis e menos dependentes de volume.
A empresa também anunciou um aumento no investimento, com o Capex previsto em R$ 13,3 bilhões para 2025, 7% acima da estimativa anterior. Este valor será direcionado para melhorias em infraestrutura e capacidade produtiva.
Apesar do aumento nos gastos, a Suzano mantém o foco na desalavancagem. Atualmente, a meta é atingir uma relação Dívida Líquida/Ebitda de 2,5 vezes nos próximos trimestres, uma medida importante para a saúde financeira da empresa.
A companhia enfrentou negociações sobre tarifas nos Estados Unidos, mas sua celulose está entre os produtos com tarifas mais baixas, mantendo a competitividade no mercado norte-americano. Uma pequena parte do negócio será redirecionada para a América Latina, que apresenta grande potencial.
Outra prioridade da Suzano é a parceria estratégica com a Kimberly-Clark, uma joint venture que deve fortalecer a atuação no mercado de papéis e embalagens. Essa colaboração busca ampliar o portfólio e melhorar a eficiência operacional.