Ações da Rumo (RAIL3) caem 7,7% apesar de lucro de R$ 333 milhões no 2T25

Ações da Rumo (RAIL3) caem 7,7% mesmo com lucro de R$ 333 mi no 2T25; analistas mantém compra devido potencial de valorização.
ações da Rumo

As ações da (RAIL3) enfrentam forte queda apesar do lucro líquido revertido de R$ 333 milhões. Entenda os motivos para o recuo de quase 8% e as perspectivas dos analistas para o segundo semestre.

Lucro e desempenho da Rumo no 2T25: resultado e impactos nas ações

A Rumo apresentou um lucro líquido de R$ 333 milhões no segundo trimestre de 2025 (2T25). Essa é uma reviravolta importante, já que no mesmo período do ano passado a empresa teve um prejuízo de R$ 1,74 bilhão. O Ebitda, que mede o lucro antes de juros e impostos, também teve alta, chegando a R$ 1,88 bilhão, contra um resultado negativo de R$ 264 milhões um ano antes. No entanto, o Ebitda ficou abaixo das expectativas dos analistas, que previam R$ 2,26 bilhões para o período.

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Quando ajustado, o lucro líquido subiu 1,4%, alcançando R$ 731 milhões, e o Ebitda cresceu 6,4%, atingindo R$ 2,28 bilhões. Apesar desses números positivos, as ações da Rumo () registraram uma queda de até 7,96% intradia, sendo a maior queda entre as ações do Ibovespa. Esse recuo pode ser explicado pela avaliação dos analistas, que consideraram o balanço neutro.

Um dos motivos apontados foi a queda de 2% nas tarifas consolidadas, o que pode afetar a receita no segundo semestre. Além disso, a empresa recebeu uma compensação de R$ 70 milhões relacionada a lucros das operações afetadas por inundações no Sul em 2024, o que impulsionou os resultados do trimestre, mas não garante crescimento sustentável.

Outro ponto de atenção é o aumento da dívida líquida da empresa em R$ 1,6 bilhão nos últimos três meses, elevando a alavancagem para 1,8 vez a relação dívida líquida/Ebitda. Desde janeiro, as ações da Rumo acumularam queda próxima de 9%, pois os rendimentos ficaram abaixo do esperado. Esses fatores levaram investidores a ficarem cautelosos, aguardando o desempenho da safra de , a evolução das tarifas e as futuras decisões regulatórias para as malhas ferroviárias.

Análise e recomendações: por que os analistas veem potencial de valorização para Rumo

Apesar da queda das ações, os analistas continuam recomendando a compra das ações da . Isso porque a empresa está cotada com uma taxa interna de retorno (TIR) real de 17,3%, o que é 990 pontos-base acima dos títulos do ligados à , como as NTN-Bs 2035. Essa margem indica um potencial atrativo para investidores que buscam retorno ajustado à inflação.

A corretora Safra estima um potencial de valorização de 87%, com preço-alvo em R$ 31,70 por ação. Já outras instituições, como o Bradesco BBI, Ágora, BTG Pactual, Itaú BBA e XP, também mantêm recomendações de compra, com preços-alvo entre R$ 25,00 e R$ 27,00, mostrando confiança no crescimento da empresa.

Um dos destaques para essa confiança é o projeto Lucas do Rio Verde. A expectativa é que, com o início da operação em 2026, haja um destravamento de valor de cerca de R$ 3,20 por ação. Esse projeto deverá melhorar a e aumentar a receita da Rumo.

Além disso, os analistas monitoram o avanço da safra de milho, a gestão dos (capex) e atualizações regulatórias para as malhas ferroviárias Oeste e Sul. Essas variáveis são importantes para avaliar o desempenho no segundo semestre e o futuro da empresa.

Embora haja desafios no curto prazo, a Rumo é vista como líder em logística de grãos no Brasil, o que reforça a perspectiva positiva dos investidores para seu valor de mercado.

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