Ações da Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) recuam nesta segunda (21) com ‘fator Milei’; entenda

Ações da Raízen e Cosan caem nesta segunda-feira (21) com incertezas políticas na Argentina. Entenda os impactos
ações da raízen e Cosan

As ações da Raízen e Cosan iniciaram a semana em queda no , refletindo as incertezas políticas e econômicas relacionadas à Argentina. Por volta das 12h53 desta segunda-feira (21), os papéis da Cosan (CSAN3) caíam 1,17%, enquanto as ações da Raízen (RAIZ4) recuavam 1,97%. Ambas figuravam entre as principais baixas do índice.

As empresas enfrentam um contexto de reestruturação, com foco em redução da . A Raízen, por exemplo, anunciou recentemente a venda da Usina Santa Elisa por R$ 1 bilhão, medida alinhada à estratégia de otimização do portfólio. Além disso, a Cosan está em tratativas com a Vibra para uma possível venda da Moove, sua subsidiária no segmento de lubrificantes.

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Apesar dessas movimentações serem vistas como positivas pelo mercado, os seguem cautelosos devido ao ritmo lento nas negociações de ativos na Argentina. Segundo o serviço Broadcast, o processo de desinvestimento está sendo afetado pelas legislativas argentinas, que renovarão 127 das 257 cadeiras da — votação considerada fundamental para o de Javier Milei.

Segundo Martín Fernández Dussaut, especialista em fusões e aquisições do escritório argentino Salaverri, Burgio Wetzler Malbrán, “existem vários ativos à venda, mas é lógico esperar alguns meses até as eleições. Um revés para o presidente Milei pode gerar instabilidade e afetar as negociações”.

Presença da Raízen na Argentina

A operação da Raízen no país vizinho é robusta. A empresa adquiriu os ativos da em 2018, incluindo a refinaria Dock Sud, a segunda maior da Argentina, avaliada em US$ 1 bilhão na época. Além disso, mantém:

  • Mais de 1.000 postos de combustíveis;

  • Uma planta de lubrificantes;

  • Três terminais terrestres;

  • Duas bases de abastecimento em aeroportos;

  • Operações em GLP (gás liquefeito de petróleo).

Esses ativos, combinados com as usinas no Brasil que estão à venda, podem render até R$ 15 bilhões, segundo estimativas de analistas.

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Endividamento e desempenho das ações

A Cosan encerrou o primeiro trimestre de 2025 com uma alavancagem de 2,8 vezes, uma leve queda em relação ao final de 2024. A dívida líquida caiu R$ 6 bilhões, fechando em R$ 17,5 bilhões, impulsionada pela venda de ações da Vale.

Mesmo assim, os papéis da Cosan acumulam queda de 26,7% no último mês, o que sinaliza a desconfiança do mercado em relação à execução da estratégia de desalavancagem e à instabilidade do cenário externo, principalmente o argentino.

Perspectivas para as ações da Raízen e Cosan

A expectativa é que o andamento das reformas na Argentina e a definição das eleições legislativas tragam maior clareza ao ambiente de negócios, permitindo avanços mais significativos nas vendas de ativos da Raízen. Até lá, a deve continuar influenciando o desempenho das ações da Raízen e Cosan no curto prazo.

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