A semana começou positiva para os investidores da petroleira Prio (PRIO3). As ações da Prio subiram 2,5% no pregão desta quarta-feira (17) após o Ibama emitir um parecer técnico favorável à concessão da licença prévia do campo de Wahoo, localizado no pré-sal da Bacia de Campos.
Essa etapa é fundamental para que a empresa avance para as próximas fases do licenciamento ambiental e se aproxime da produção do primeiro óleo, prevista para o início de 2026.
Wahoo: a nova fronteira de crescimento da Prio
O campo de Wahoo, situado a cerca de 30 quilômetros do campo de Frade — já operado pela Prio —, é visto como uma das principais alavancas de crescimento da companhia. O projeto prevê a produção de 40 mil barris por dia, com um investimento estimado de US$ 800 milhões.
Segundo analistas da XP, o campo tem potencial para adicionar entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões ao fluxo de caixa livre anual para o acionista, considerando um barril de petróleo entre US$ 60 e US$ 70.
O que vem a seguir?
Com o parecer favorável do Ibama, a expectativa do mercado é que a licença de instalação, que autoriza as obras e a interligação ao FPSO Frade, seja concedida nas próximas quatro semanas. A licença de operação, que permite o início da produção, deve ser liberada a tempo para que o campo entre em atividade já no começo de 2026.
Luiz Carvalho, analista do BTG Pactual, reforça a projeção de que a licença prévia será concedida até o fim deste mês, com a instalação autorizada em setembro.
Catalisador estratégico para os próximos trimestres
A recente aquisição do campo de Peregrino, anunciada em maio, somada ao avanço no licenciamento de Wahoo, posiciona a Prio como uma das companhias mais promissoras do setor de óleo e gás no Brasil. Com produção crescente e disciplina financeira, a petroleira tem chamado atenção de investidores institucionais e minoritários.
A companhia reforça sua estratégia de expansão por meio de ativos maduros e oportunidades no pré-sal, mantendo o foco na geração de valor ao acionista e na otimização operacional.